A iRobot, fabricante do 1º robô aspirador, entrou no último domingo (14.dez.2025) com um pedido de recuperação judicial depois de fechar um acordo de reestruturação da empresa, sediada em Massachusetts. Seu controle passará para a chinesa Shenzhen PICEA Robotics, seu principal fornecedor e credor.
A reestruturação determina que a fabricante de aspiradores chinesa ficará com todas as ações da empresa. As ações ordinárias que têm voto serão extintas. O plano de recuperação, apresentado à Justiça de Delaware com base na Lei de Falências dos Estados Unidos, ainda precisa ser aprovado e permitirá que a iRobot continue com suas operações.
A companhia já havia sinalizado a possibilidade de entrar em recuperação judicial. A Shenzhen PICEA comprou uma parcela relevante da sua dívida e a iRobot afirmou que negociava novo capital e a dívida pendente. “O anúncio de hoje marca um marco decisivo para garantir o futuro de longo prazo da iRobot”, afirmou em nota o presidente-executivo da empresa, Gary Cohen.
A iRobot foi fundada em 1990 por 3 engenheiros do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts). Vendeu mais de 50 milhões de robôs em 35 anos de existência. Os números começaram a cair a partir de 2021, quando a cadeia de suprimentos entrou em crise e a concorrência aumentou. A Amazon negociou em 2023 a compra da empresa, mas o negócio não avançou por causa de preocupações regulatórias.
O famoso dispositivo produzido pela companhia, chamado de Roomba, ajudou a popularizar o conceito dos robôs aspiradores pelo mundo, uma grande novidade na época do seu lançamento, em 2002. A iRobot introduziu o conceito da navegação autônoma de um eletrodoméstico dentro de casa. A empresa chegou ao Brasil em 2016.





