Dólar e Bolsa sobem com juros no Japão e burburinho político no Brasil
Moeda americana registou leve alta de 12%, cotada a R$ 5,52. O Ibovespa, o principal índice da B3, subia 0,47%, às 17 horas
O registrou alta de 0,12%, cotado a R$ 5,52, nesta sexta-feira (19/12). Fraca, a elevação, na prática, indicou estabilidade da moeda americana frente ao real. Já o , o principal índice da Bolsa brasileira (), operava em alta de 0,47%, aos 158.668,14 pontos, às 17h05.
Questões eleitorais voltaram a agitar os mercados de câmbio e de capitais no Brasil. Desta vez, os agentes econômicos reagiram à notícia divulgada pelo Metrópoles de que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), estaria tentando articular junto ao Supremo Tribunal Federal () a concessão de prisão domiciliar ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Hoje, Bolsonaro está detido em uma cela na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília.
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Para o mercado, a iniciativa de Tarcísio pode se reverter num eventual apoio do ex-presidente ao governador paulista, na corrida presidencial de 2026. Isso, principalmente, num contexto em que o senador (PL-RJ), apontado como candidato à Presidência pelo pai, tenha um desempenho fraco nas pesquisas.
Além disso, observa Bruno Perri, da Forum Investimentos, surgiram especulações no mercado de que pesquisas vão mostrar, na próxima semana, um eventual enfraquecimento da candidatura do presidente Luiz Inácio da Silva (PT).
Juros no Japão
No cenário externo, os investidores acompanharam uma forte queda do iene japonês, depois que o Banco do Japão (BoJ) elevou a taxa de juros do país ao maior nível em 30 anos. O enfraquecimento da moeda japonesa contribuiu para o fortalecimento do dólar no mercado global.
Às 17 horas, o índice DXY, que compara a força da moeda americana a uma cesta de seis divisas fortes (euro, iene, libra esterlina, dólar canadense, coroa sueca e franco suíço), subia 0,17%, aos 98,62 pontos.
Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, observa que o dólar se fortaleceu nos mercados refletindo, principalmente, os desdobramentos da decisão do Banco do Japão de elevar os juros. “O movimento impulsionou os rendimentos dos títulos japoneses e contaminou a curva global de juros, incluindo os títulos da dívida dos Estados Unidos, os Treasuries”, diz.
Apetite por risco
Assim como o Ibovespa no Brasil, os índices de Nova York também subiram nesta sexta-feira, mostrando maior apetite por ativos de risco por parte dos investidores. Às 16h30, o S&P avançava 0,90%; o Dow Jones, 0,60%; e o Nasdaq, que concentra ações do segmento de tecnologia, 1,20%.
Na avaliação de Perri, o mercado americano reagiu positivamente à perspectiva de acordo sobre a joint venture entre o TikTok e a Oracle. Essa possibilidade teria inflado o desempenho do setor de tecnologia.
No Brasil, as ações de maior peso no Ibovespa tiveram um bom desempenho no pregão. A Petrobras e a Vale subiam, às 16h40, respectivamente, 0,34% e 0,64%. Os papéis dos grandes bancos também avançaram, com destaque para os do Itaú que, no mesmo horário, registravam alta de 2,46%.
Por: Metrópoles





