• Quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

Fabricante de Mounjaro cria identificador de versões fake do remédio

Farmacêutica Eli Lilly alerta sobre os riscos para a saúde de usar versões falsas do Mounjaro, que não tiveram a segurança verificada

O Mounjaro é um medicamento da indicado para o tratamento da diabetes tipo 2 e da obesidade. Com a venda limitada à retenção de receita médica e o preço elevado das doses, cada vez mais pessoas têm se rendido ao uso de versões manipuladas, homeopáticas e genéricas, embora nenhuma delas tenha a qualidade e segurança reconhecidas pela Anvisa. Diante do aumento da circulação de versões falsificadas do , a Eli Lilly anunciou, nessa terça-feira (12/12), o lançamento do LillyScan. A ferramenta digital permite a pacientes e profissionais de saúde verificar, por meio da leitura do QR Code na embalagem, se o medicamento é autêntico. Leia também Segundo a fabricante, o uso de versões falsificadas ou representa riscos significativos à saúde, principalmente porque esses produtos não passam pelos estudos rigorosos de qualidade, segurança, eficácia, estabilidade e farmacovigilância exigidos para um medicamento industrializado e aprovado por órgãos reguladores. Como consequência, podem não conter o princípio ativo necessário para o tratamento da diabetes tipo 2 e da obesidade ou apresentar , o que compromete a eficácia terapêutica e pode provocar reações adversas inesperadas. Além disso, a presença de dosagens inadequadas aumenta o risco tanto de falha no tratamento quanto de efeitos colaterais graves e intoxicações. Outro fator de preocupação é que esses produtos podem ser fabricados fora de ambientes seguros e estéreis, o que favorece a contaminação por bactérias, endotoxinas e impurezas. Também existe o risco de misturas de múltiplos ingredientes sem controle científico, o que pode gerar interações nocivas e danos à saúde. A ausência de monitoramento adequado de eventos adversos dificulta a identificação precoce de problemas e amplia a possibilidade de complicações graves, o que coloca pacientes em situação de vulnerabilidade. “Produtos falsificados e manipulados podem não ser fabricados em um ambiente seguro e estéril. Podem não conter o princípio ativo, conter o medicamento errado, dosagens incorretas, misturas de múltiplos ingredientes ou outras substâncias nocivas, como bactérias, endotoxinas e impurezas, resultando em problemas graves de saúde”, destaca o comunicado da farmacêutica. Como usar a ferramenta? É preciso ir até e escanear o QR code presente na embalagem ou na caixa do medicamento com um smartphone. Todos os medicamentos originais possuem QR code. A leitura do código verificará se o número de série do produto é consistente com os medicamentos fabricados pela Lilly e disponíveis no Brasil. Quaisquer produtos comercializados simplesmente como tirzepatida, em oposição ao Mounjaro, não foram fabricados, estudados ou comercializados pela Lilly e, portanto, não são aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ou por qualquer outra agência regulatória internacional. Mounjaro só pode ser vendido com receita médica e não possui versões genéricas ou manipuladas Mounjaro O Mounjaro é um medicamento injetável que deve ser aplicado semanalmente. O tratamento melhora os níveis de açúcar no sangue e reduz o apetite. Durante os ensaios clínicos, a medicação levou voluntários ao emagrecimento de até 20% do peso corporal. O remédio tem como princípio ativo a tirzepatida e é comercializado oficialmente no Brasil apenas na forma de canetas injetáveis, com registro e aprovação da Anvisa. A tirzepatida imita dois hormônios do corpo humano relacionados à fome e ao metabolismo, o GLP-1 e o GIP, combinando ações para um maior emagrecimento. O remédio é indicado para pacientes que tenham entre 20 e 79 anos e recomendação médica, exigindo até a retenção de receita.
Por: Metrópoles

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