As exportações brasileiras para os Estados Unidos somaram US$ 2,2 bilhões em outubro de 2025, registrando queda de 37,9% na comparação com igual mês de 2024, quando o valor foi de US$ 3,57 bilhões. A participação dos EUA no total exportado pelo Brasil recuou de 12,2% para 6,9% no período.
Segundo dados oficiais do Mdic (Ministério do Desenvolvimento da Indústria, Comércio e Serviços), o movimento negativo foi intensificado pela aplicação de tarifas de até 50% pelo governo do presidente norte-americano Donald Trump (Partido Republicano), que vigoram desde 6 de agosto.
Produtos estratégicos e setores industriais brasileiros foram diretamente afetados, com parte dos embarques sendo redirecionada para outros mercados.

No acumulado do ano, as exportações para os EUA somam US$ 31,46 bilhões, retração de 4,5% frente ao mesmo intervalo de 2024 (US$ 32,95 bilhões). Já as importações de bens norte-americanos totalizam US$ 38,29 bilhões em 2025, alta de 11,6% sobre o saldo de US$ 34,33 bilhões entre janeiro e outubro do ano passado.
A corrente de comércio entre Brasil e Estados Unidos mostra que a perda de força foi compensada parcialmente por aumento de embarques para países como China, Espanha e Índia. O saldo da balança comercial com os EUA, que historicamente apresenta números positivos para o Brasil, ficou pressionado pela queda nas vendas de commodities e produtos industrializados sujeitos à nova tributação.
Entre os segmentos mais atingidos estão:
Nem todos os produtos foram afetados integralmente pelo tarifaço. Segundo o Mdic, 694 produtos brasileiros foram excluídos do aumento, equivalendo a cerca de 43% do total exportado aos EUA em 2024. O impacto, entretanto, atingiu principalmente commodities e bens de maior valor agregado, reduzindo a competitividade brasileira no mercado norte-americano.
Corrente de comércio Brasil–EUA:





