Manifestantes pró-Palestina realizaram protestos em diversos países europeus na 4ª feira e na 5ª feira (1º e 2.out.2025), bloqueando vias e danificando estabelecimentos comerciais. Os atos foram em resposta à guerra na Faixa de Gaza e à ação militar de Israel que interceptou barcos da flotilha de ajuda humanitária.
As forças de Israel abordaram as embarcações que tentavam romper o bloqueio naval ao enclave palestino, detendo, segundo a agência Reuters, mais de 400 ativistas estrangeiros. Entre eles, brasileiros como a deputada Luizianne Lins (PT-CE) e o ativista Thiago Ávila.
Em Barcelona (Espanha), manifestantes quebraram vitrines e picharam mensagens contra Israel em lojas e restaurantes, incluindo redes como Starbucks, Burger King e Carrefour. Também houve manifestação em Madri e em outras cidades espanholas.
Na Itália, estudantes ocuparam universidades em Milão e Roma, além de bloquearem o acesso à universidade de Bolonha com pneus de carros.
Na cidade italiana de Turim, centenas de pessoas interromperam o tráfego no anel viário da cidade, segundo informações de agências de notícias.
Além dos protestos na Espanha e na Itália, manifestações também foram registradas na Irlanda, em Portugal, no Reino Unido, na Alemanha e na Finlândia, entre outros países.
Eis algumas imagens publicadas nas redes sociais:
Cerca de 50 manifestantes se reuniram na 5ª feira (2.out.2025) em frente ao Palácio do Itamaraty, em Brasília (DF), em ato contra a prisão de ativistas que estavam na flotilha
O ato reuniu estudantes, professores e representantes de movimentos sociais, sindicais e estudantis. Com cartazes de “Palestina livre” e “Gaza resiste”, exigiam ao governo federal uma resposta diplomática urgente.
Na 5ª feira (2.out), o Itamaraty pediu a liberação imediata dos brasileiros detidos pelas forças de Israel. Em nota, o governo brasileiro condenou a ação israelense e disse que a flotilha tem “caráter pacífico”.
A Embaixada do Brasil em Tel Aviv já foi notificada sobre a “inconformidade” do governo federal. A diplomacia brasileira também afirmou que a interceptação pela marinha israelense configura “grave violação do direito internacional” e que as operações em prol do envio de ajuda humanitária à Faixa de Gaza deveriam ser “autorizadas e facilitadas”. Segundo o Itamaraty, o bloqueio viola o direito internacional humanitário.