O presidente dos EUA, Donald Trump (Partido Republicano) declarou, em entrevista ao jornal Politico divulgada nesta 3ª feira (9.dez.2025), que os países europeus são nações “em declínio” com lideranças “débeis”.
Trump alega que cidades como Londres (Inglaterra) e Paris (França) “já não são viáveis” devido à presença de migrantes. Durante discurso na 80ª Assembleia Geral da ONU, já havia dito que o continente foi “invadido” por imigrantes, por ser “politicamente correto”. “A Europa não sabe o que fazer”, afirma.
O republicano vem pressionando os europeus a assumirem maior protagonismo nos gastos com a defesa do continente. Ele questionou a capacidade dos aliados norte-americanos de controlar a migração e resolver o conflito entre Rússia e Ucrânia.
Trump afirmou ter enviado à Ucrânia um possível acordo de paz e criticou o presidente Volodimir Zelensky pela demora em avançar nas negociações. “Muita gente está morrendo”, afirmou. O presidente norte-americano também atribuiu parte das dificuldades nas negociações ao fato de que “Putin [mandatário do Kremlin russo] e Zelensky se odeiam”.
Ao analisar a situação da guerra entre os 2 países, disse: “A posição mais forte é a da Rússia. É um país muito maior”. Declarou que não “havia dúvidas” sobre o fato e que a Ucrânia “está perdendo território”.
O republicano também questionou a legitimidade democrática da Ucrânia, afirmando que o país não tem eleições em “muito tempo” e “já não é uma democracia”. Acrescentou que o povo ucraniano deveria ter a opção de votar.
Trump também falou sobre a América Latina. Afirmou que Nicolás Maduro (PSUV, esquerda) tem “os dias contados”. O chefe da Casa Branca não excluiu a possibilidade de enviar tropas ao país. Ele já havia deslocado o maior porta-aviões do mundo –USS Gerald R Ford– para próximo da costa venezuelana. Os norte-americanos justificam a ofensiva militar como parte do combate ao tráfico de drogas na região.
O republicano citou o presidente argentino, Javier Milei, como exemplo de sua influência política internacional. Disse que Milei “estava perdendo” e que a ajuda norte-americana o fez vencer as eleições de meio de mandato “por uma margem enorme”.
À época, o governo Trump promoveu um swap cambial –acordo em que 2 países trocam moedas, permitindo que um deles tenha acesso imediato a dólares para aliviar pressões externas– para ajudar na recuperação econômica argentina, que enfrenta dificuldades para honrar com seus compromissos em razão de um baixo acúmulo de moeda estrangeira.





