Os Estados Unidos vetaram na 4ª feira (4.jun.2025) uma resolução do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) que exigia um cessar-fogo “imediato, incondicional e permanente” entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza.
Todos os outros 14 integrantes do conselho apoiaram a proposta. Eles discutiram o tema em sessão dedicada ao cenário no Oriente Médio na sede da ONU em Nova York (EUA).
A embaixadora dos EUA na ONU, Dorothy Camille Shea, justificou a decisão ao dizer que o texto não contemplava o desarmamento do Hamas.
O documento pediu o “levantamento imediato e incondicional de todas as restrições à entrada de ajuda humanitária em Gaza e sua distribuição segura e irrestrita em escala”, além da “libertação imediata e incondicional de todos os reféns mantidos pelo Hamas e outros grupos”.
A proposta não especificava mecanismos de implementação ou monitoramento do cessar-fogo, nem detalhava como seria garantida a libertação dos reféns mantidos pelo Hamas.
A embaixadora norte-americana disse, antes da votação, que os EUA se posicionaram desde o início do conflito a favor de que Israel possa se defender e “derrotar” o Hamas.
“A resolução é inaceitável pelo que diz, é inaceitável pelo que não diz e é inaceitável pela maneira como foi apresentada. Nesse sentido, qualquer produto que comprometa a segurança de nosso aliado próximo, Israel, é inviável”, afirmou.
Esta não é a 1ª vez que Washington é contra uma resolução sobre Gaza. Em novembro de 2024, os EUA bloquearam uma proposta semelhante que pedia cessar-fogo imediato. Na ocasião, alegaram que o texto não assegurava a libertação dos reféns.
