Os Estados Unidos vetaram na 5ª feira (18.set.2025) um projeto de resolução do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) que exigiria um cessar-fogo imediato, incondicional e permanente na Faixa de Gaza e que Israel suspendesse todas as restrições à entrega de ajuda ao enclave palestino.
Segundo comunicado da ONU, o texto também exigiria a libertação imediata, digna e incondicional de todos os reféns mantidos pelo grupo extremista Hamas. A resolução recebeu 14 votos a favor e 1 contra, dos norte-americanos. Foi a 6ª vez que os EUA vetaram no Conselho de Segurança os esforços para o cessar-fogo da guerra de quase 2 anos entre Israel e o Hamas.
“A fome foi confirmada em Gaza. Não projetada, não declarada, confirmada”, disse a embaixadora da Dinamarca na ONU, Christina Markus Lassen, ao conselho antes da votação. “Enquanto isso, Israel expandiu sua operação militar na Cidade de Gaza, agravando ainda mais o sofrimento dos civis. Como resultado, é esta situação catastrófica, esta falha humanitária e humana, que nos compeliu a agir hoje”, declarou.
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Antes da votação, a diplomata norte-americana Morgan Ortagus disse ao conselho que “o Hamas é responsável por iniciar e continuar” o conflito. “Israel aceitou os termos propostos que encerrariam a guerra, mas o Hamas continua a rejeitá-los. Esta guerra poderia terminar hoje se o Hamas libertasse os reféns e depusesse as armas”, declarou.
De acordo com a agência Reuters, o embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, disse a jornalistas que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu (Likud, direita), deve viajar para Washington D.C. para se encontrar com o presidente dos EUA, Donald Trump (Partido Republicano), no dia 29 de setembro.
Danon publicou um vídeo na rede social X em que aparece agradecendo a diplomata Ortagus pelo veto no conselho.
Assista (4s):
O Conselho de Segurança da ONU realizará uma reunião de alto nível sobre a Faixa de Gaza na 3ª feira (23.set), enquanto líderes mundiais estarão em Nova York.
