• Quinta-feira, 6 de novembro de 2025

EUA vão reduzir tráfego aéreo em 10% devido ao shutdown

Cancelamentos vão atingir os 40 maiores aeroportos dos Estados Unidos a partir de sexta-feira (7/11)

A Casa Branca decidiu reduzir em 10% os voos programados para os 40 maiores aeroportos dos Estados Unidos a partir de sexta-feira (7/11). O anúncio foi feito pelo secretário de transportes, Sean Duffy, e o administrador da Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês), Bryan Bedford, que informaram que a medida será tomad. A lista completa com os 40 aeroportos atingidos será divulgada nesta quinta-feira (6/11). A expectativa é que a medida atinja os principais terminais de Nova York, Washington DC, Los Angeles e mais. A redução afetará tanto o tráfego de cargas, quanto voos particulares e de passageiros. A empresa de análise de aviação Cirium estima que os cortes vão significar o cancelamento de mais de 1,8 mil voos e atingir 268 mil passageiros de companhias aéreas. Os representantes da Casa Branca informaram que a decisão é uma medida preventiva para garantir que o tráfego aéreo ocorra com segurança. De acordo com Bedford, a FAA passou a receber reclamações de que controladores de voo estavam trabalhando até a fadiga. “À medida que analisamos os dados com mais detalhes, vemos pressões se acumulando de uma forma que, se permitirmos que continuem sem controle, não nos permitirá afirmar ao público que operamos o sistema de aviação mais seguro do mundo”, disse Bedford. A redução de 10% visa diminuir o estresse dos controladores de tráfego aéreo, que trabalharam durante toda a paralisação sem receber salário. A decisão ocorre um dia depois da queda de um avião de carga da UPS em Louisville, no estado americano do Kentucky. 12 pessoas morreram, segundo autoridades locais. O governador Andy Beshear afirmou que o total de vítimas pode aumentar, já que equipes de resgate ainda buscam pessoas desaparecidas na área atingida. Há dezenas de feridos. A aeronave, um McDonnell Douglas MD-11, caiu nessa terça-feira (4/11) pouco depois de decolar do Aeroporto Internacional de Louisville com destino ao Havaí. O impacto destruiu ou danificou diversos prédios próximos e espalhou destroços em uma área de cerca de 800 metros de largura. Veja vídeo do acidente: Após o acidente, o devido à escassez de controladores de tráfego aéreo.   Shutdown mais longo da história O shutdown do governo dos Estados Unidos entrou, nesta quinta-feira (6/11), no 37º dia consecutivo, tornando-se oficialmente a maior paralisação da história americana. O impasse entre o presidente Donald Trump e o Congresso já afeta milhões de cidadãos, paralisa programas federais e ameaça o ritmo da economia da maior potência do mundo. Sem avanço nas negociações, republicanos e democratas seguem trocando acusações. Linha do tempo da crise A paralisação começou em 1º de outubro, após o Congresso falhar em aprovar o orçamento federal. No dia seguinte, a Casa Branca iniciou cortes de pessoal em diversas agências governamentais. Em 10 de outubro, Donald Trump declarou pretender “demitir muitos” servidores que, segundo ele, estariam alinhados ao Partido Democrata. Mesmo após uma decisão judicial suspender novas demissões, o governo manteve o plano de enxugamento e indicou que os desligamentos poderiam chegar a 10 mil funcionários caso o impasse persistisse. O atual shutdown já supera as paralisações de 1995 e 2013, e agora ultrapassa a de 2018-2019, tornando-se a mais longa da história norte-americana, com 36 dias de duração Mais de 1 milhão de funcionários sem salário Com a paralisação já ultrapassando o recorde anterior — também sob o governo Trump —, mais de um milhão de servidores federais continuam sem receber. Parte deles é obrigada a comparecer ao trabalho, enquanto outros foram colocados em licença não remunerada, sem qualquer previsão de retorno. Embora uma lei determine o pagamento retroativo após o fim do shutdown, o governo norte-americano ainda não confirmou se aplicará a regra nesta nova crise.
Por: Metrópoles

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