O governo dos Estados Unidos, comandado por voltou a defender o ex-presidente Dessa vez no relatório anual do Departamento de Estado sobre a situação dos direitos humanos ao redor do mundo.
Críticas contra o Brasil e Moraes
Os EUA lançaram o relatório anual do Departamento de Estado sobre a situação dos direitos humanos ao redor do mundo.
O Brasil é citado no documento, e é alvo de críticas norte-americanas.
Segundo o documento, o governo brasileiro promove censura contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), é apontado como o principal promotor da suposta censura no país.
Bolsonaro é citado logo no início do documento, que possui 14 páginas. Nele, a administração norte-americana acusa o governo de de fragilizar a liberdade de expressão no Brasil, e de minar o “debate democrático” ao bloquear o acesso a discursos de apoiadores do ex-presidente brasileiro nas redes sociais.
Na visão de Washington, ações brasileiras contra a desinformação nas redes sociais, como fake news propagadas por apoiadores e aliados de Bolsonaro contra o sistema eleitoral brasileiro, são “censura”.

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1 de 5 Donald Trump determinou sanções por processos contra Bolsonaro Governo dos Estados Unidos
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2 de 5 Rosinei Coutinho/STF
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3 de 5 O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes Reprodução
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4 de 5 Igo Estrela/ Metrópoles
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5 de 5 Igo Estrela/Metrópoles
@igoestrela
No relatório, o ministro Alexandre de Moraes — — é apontado como o principal promotor de tal repressão. Como exemplo, o governo dos EUA cita a recente guerra judicial entre Brasil e a rede social X.
Em agosto do último ano, a plataforma chegou a ser bloqueada no Brasil, após a empresa de Elon Musk se recusar a cumprir ordens judiciais, como a indicação de um representante legal da plataforma no país.
“Os autos do tribunal revelam que o Ministro Alexandre de Moraes ordenou pessoalmente a suspensão de mais de 100 perfis de usuários na plataforma de mídia social X (antigo Twitter), suprimindo desproporcionalmente o discurso de defensores do ex-presidente Jair Bolsonaro em vez de tomar medidas mais rigorosas para penalizar conteúdo que incitasse ação ilegal iminente ou assédio”, diz um trecho de relatório divulgado pela diplomacia norte-americana.
Na época, justificou as suspensões como uma tentativa de interromper discursos criminosos de ódio contra as instituições brasileiras. Mas, para os EUA, a ação acabou impedindo que brasileiros tivessem acesso a “informações e pontos de vista sobre uma série de questões nacionais e globais”.
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Atos do 8 de janeiro
Os atos antidemocráticos do 8 de janeiro de 2023 também foram citados no relatório, assim como os réus e condenados pelos ataques em Brasília — .
No documento, o governo norte-americano replicou acusações de parte da oposição brasileira, sobre supostas detenções sem acusações e da negação ao acesso a assistência jurídica para os participantes da depredação.
Ainda assim, o relatório destaca que o governo brasileiro observou requisitos básicos do rito judicial, como a proibição de detenções arbitrárias e o direito de contestação e assistência jurídica para os acusados.