A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse na 3ª feira (12.ago.2025) que as pessoas sem-teto em Washington D.C. estarão sujeitas a prisão caso não cumpram as ordens do governo de Donald Trump (Partido Republicano).
O presidente norte-americano afirmou na 2ª feira (11.ago) que vai apresentar um plano para tornar a capital do país “mais segura e bonita do que nunca” e declarou que as pessoas sem-teto devem deixar a cidade.
“Será dada às pessoas sem-teto a opção de deixar seus acampamentos, irem para os abrigos e receberem serviços de saúde mental. Se recusarem, estarão sujeitas a multa ou prisão”, disse Karoline Leavitt, citada pela agência Reuters.
Leavitt afirmou que o governo federal está procurando opções para realocar essas pessoas “longe da capital”. A porta-voz disse que a Polícia de Parques dos Estados Unidos já removeu 70 acampamentos desde março e deve fazer o mesmo esta semana com mais 2.
Além dessa medida, Trump autorizou o envio de agentes da Guarda Nacional para patrulhar a cidade. A prefeita Muriel Bowser (Partido Democrata) classificou a medida como “perturbadora” e “sem precedentes”.
Em 24 de julho, Trump assinou um decreto que incentiva os governos locais a remover pessoas em situação de rua por meio da internação compulsória de longa permanência.
Segundo nota divulgada pela Casa Branca, o republicano priorizará subsídios e redirecionará recursos às localidades que encaminharem “indivíduos acampados nas ruas, que causem desordem pública, ou sofram de doenças mentais graves, ou dependência química” a centros de tratamento.
Em março, o presidente dos EUA notificou a prefeita de Washington D.C., exigindo a limpeza dos acampamentos “feios” de pessoas em situação de rua.
Divulgado em dezembro de 2024, um estudo do HUD (sigla em inglês para Departamento de Habitação e Desenvolvimento Urbano) dos EUA apontou que, em janeiro de 2024, cerca de 771.480 pessoas viviam em condições de rua, um aumento de 18% em relação a 2023.
Esse total representa 23 pessoas a cada 10.000 habitantes no país. A situação reflete uma pressão crescente sobre a população mais vulnerável, agravada por fatores como a inflação persistente e o aumento dos preços dos imóveis.
