• Segunda-feira, 3 de novembro de 2025

EUA: “Há setores da economia em recessão”, diz secretário do Tesouro

Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, voltou a cobrar mais rapidez do Federal Reserve (o BC norte-americano) em cortar taxa de juros

O secretário do Tesouro dos , , afirmou neste domingo (2/11) que a economia do país, em geral, vive um bom momento, mas alertou sobre a recessão que já começa a atingir “alguns setores”. Bessent, um dos principais aliados do presidente dos EUA, , voltou a cobrar do (Fed, o Banco Central norte-americano) maior rapidez no ciclo de redução da taxa básica de juros da economia. “Acho que estamos em boa forma, mas há setores da economia que estão em recessão”, afirmou Bessent durante entrevista ao programa State of the Union, da CNN, neste domingo. “O Fed nos causou muitos problemas de distribuição com suas políticas”, completou. Ainda segundo o secretário do Tesouro dos EUA, os juros mais elevados têm afetado especialmente o mercado imobiliário, que se tornou uma das grandes preocupações do governo Trump. Leia também Fed cortou juros pela segunda vez seguida . A redução foi de 0,25 ponto percentual, levando os juros a se situarem no intervalo entre 3,75% e 4% ao ano – o menor patamar desde novembro de 2022. A votação não foi unânime. Stephen Miran, novo integrante do Fed indicado por Donald Trump, votou por um corte maior, de 0,5 ponto percentual, enquanto Jeffrey R. Schmid votou pela manutenção da taxa de juros. A próxima reunião do Fed para definir a taxa de juros, a última do ano, está marcada para os dias 9 e 10 de dezembro. A taxa básica de juros é o principal instrumento dos bancos centrais para controlar a inflação. Quando a autoridade monetária mantém os juros elevados, o objetivo é conter a demanda aquecida, o que se reflete nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Assim, taxas mais altas também podem conter a atividade econômica. Bessent avalia nomes para sucessão de Powell Em entrevista coletiva após o anúncio do corte de juros, o presidente do Fed, Jerome Powell, não garantiu que a autoridade monetária norte-americana reduzirá novamente a taxa em sua próxima reunião, em dezembro. Powell é considerado um desafeto de Trump e do atual governo. Seu mandato à frente do Fed termina em maio do ano que vem e caberá a Trump indicar um novo nome para a presidência do BC dos EUA. Na última segunda-feira (27/10), . Os “finalistas” são os atuais membros do conselho do Fed Christopher Waller e Michelle Bowman; o ex-diretor do Fed Kevin Warsh; o diretor do Conselho Econômico Nacional os EUA, Kevin Hassett; e o executivo Rick Rieder, da gestora de ativos BlackRock.
Por: Metrópoles

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