Conheça o maior centro de pecuária do mundo a Capital Argentina dos Agronegócios; vídeo“Esse quadro pode levar muitos produtores a postergar o início da semeadura, mesmo após o término do vazio sanitário em 6 de setembro”, explicou o analista de cultura da EarthDaily, Felippe Reis. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});Impactos no calendário agrícola Um eventual atraso no plantio não deve comprometer diretamente a produtividade da soja, mas pode reduzir a janela de cultivo para a segunda safra de milho e algodão, culturas que dependem da colheita da oleaginosa. Essa preocupação já movimenta o mercado, que acompanha de perto os desdobramentos climáticos no estado. O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) manteve a projeção de 13,08 milhões de hectares cultivados com soja, crescimento de 1,67% frente à safra anterior, mas alertou que a ausência de chuvas significativas até meados de setembro pode comprometer os trabalhos de campo. Reflexos no mercado A instabilidade climática já influencia os preços. No início de setembro, a soja no Mato Grosso registrou média de R$ 118,76 a saca, segundo o Imea, com valorização sustentada pela incerteza sobre o início do plantio. Nos portos, a oleaginosa chegou a R$ 141,50 em Santos (SP), reflexo direto da apreensão dos investidores e da demanda internacional aquecida. Expectativa de chuvas para o plantio de soja Modelos meteorológicos divergem quanto ao retorno das precipitações. Enquanto o modelo americano GFS indica chuvas no final da primeira quinzena de setembro, o modelo europeu ECMWF mantém a previsão de estiagem. Já análises climáticas apontam que apenas áreas isoladas do oeste do estado, como Juína, devem registrar pancadas de 15 a 20 mm nos próximos dias, insuficientes para regularizar a umidade. O centro-leste do Mato Grosso só deve receber precipitações mais consistentes entre a última semana de setembro e o início de outubro. Desafios adicionais Além do clima, os produtores enfrentam custos elevados, crédito restrito e insegurança econômica, fatores que tornam a safra 2025/26 ainda mais desafiadora. Para a Aprosoja Brasil, o cenário exigirá cautela tanto no uso de insumos, com redução de investimentos em adubação, quanto na comercialização antecipada da soja. A situação crítica em Mato Grosso expõe a vulnerabilidade da agricultura brasileira frente ao clima. Enquanto o país se prepara para mais uma safra recorde em área plantada, a imprevisibilidade das chuvas e o calor extremo trazem incertezas que podem reverberar não apenas na produção local, mas também no mercado global da soja, do milho e do algodão.
Estiagem crítica ameaça início do plantio no maior produtor de soja do Brasil
Estiagem prolongada e temperaturas acima de 40 °C colocam em risco o calendário do plantio de soja da safra 2025/26 em Mato Grosso, considerado o maior produtor de soja do país
Estiagem prolongada e temperaturas acima de 40 °C colocam em risco o calendário do plantio de soja da safra 2025/26 em Mato Grosso, considerado o maior produtor de soja do país O Mato Grosso, maior produtor de soja do Brasil e responsável por cerca de um terço da safra nacional, enfrenta um cenário climático que preocupa agricultores e especialistas. Às vésperas do início oficial do plantio da safra 2025/26, a combinação de estiagem prolongada e calor intenso ameaça atrasar a semeadura, trazendo riscos para toda a cadeia produtiva. De acordo com monitoramentos por satélite, a umidade do solo em Mato Grosso está no nível mais baixo dos últimos 30 anos, com tendência de nova redução nas próximas semanas. Esse déficit hídrico, agravado por temperaturas que ultrapassam 40 °C, intensifica a evapotranspiração e compromete as condições para uma germinação uniforme. Clique aqui para seguir o canal do CompreRural no Whatsapp
Por: Redação