• Sexta-feira, 4 de julho de 2025

Em resposta a Milei, Lula defende liberdade comercial do Mercosul

Presidente diz que bloco blinda integrantes contra guerras comerciais, enquanto argentino entende que políticas são “cortina de ferro”.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu nesta 5ª feira (3.jul.2025) que todos os países da América do Sul entraram em um estágio de livre comércio, “baseada em regradas claras e equilibradas”, enquanto o presidente argentino, Javier Milei (La Libertad Avanza, direita), entende que as políticas do Mercosul criaram uma “cortina de ferro” e que essas barreiras “acabaram excluindo nossa região do comércio e da competição global”.

“Conseguimos criar uma rede de acordos que se estendeu aos Estados associados. Toda a América do Sul se tornou uma área de livre comércio, baseada em regras claras e equilibradas. Estar no Mercosul nos protege. Nossa tarifa externa comum nos blinda contra guerras comerciais alheias. Nossa robustez institucional nos credencia perante o mundo como parceiros confiáveis”, declarou Lula em discurso da 66ª Cúpula do Mercosul, em Buenos Aires.

O líder do Executivo argentino fez críticas na fala inicial. Afirmou que a política do bloco deixou seus países reféns de bens e serviços piores e a preços mais altos, o que “freou o crescimento da nossa economia”. Disse ainda que o Mercosul se tornou cada vez menos um mercado comum.

Lula, por sua vez, declarou que “um número cada vez maior de países e blocos estejam interessados em se aproximar de nós [países do Mercosul]”. Se disse “confiante” de firmar, até o fim do ano, o acordo com a União Europeia e a EFTA (Associação Europeia de Livre Comércio), para criar uma das maiores áreas de livre comércio do mundo.

O Brasil assumirá o comando do Mercosul. Quer concluir o tratado até o fim do ano, quando deixará a presidência do bloco. Os grandes países integrantes da União Europeia têm sinalizado vontade de avançar. A França, porém, é a principal opositora.

Por: Poder360

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