A embaixada do Japão na China publicou em seu site na 2ª feira (17.nov.2025) um alerta de segurança para japoneses que estão em território chinês. No comunicado, a embaixada pede que os japoneses fiquem “extremamente atentos” ao sair na rua e evitem “indivíduos ou grupos suspeitos”.
A nota é mais um resultado da crise diplomática entre China e Japão. O desgaste foi provocado por uma declaração da primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi (Partido Liberal Democrata, direita), de que uma intervenção chinesa em Taiwan daria direito ao Japão de atacar a China como uma forma de autodefesa.
Leia a nota da embaixada do Japão:

O governo da China sempre tem uma postura firme em relação a declarações sobre Taiwan por entender que se trata de um assunto interno chinês, mas dessa vez Pequim elevou o tom contra a postura japonesa.
O assunto dominou as declarações diárias à imprensa do Ministério das Relações Exteriores da China ao longo de toda a semana passada e provocou reações fortes. Na 5ª feira (13.nov), o porta-voz do governo chinês afirmou que o país “retaliará com força” qualquer intervenção japonesa.
Na esteira da crise, a China aconselhou seus cidadãos a não visitarem o Japão. Foram cancelados mais de 200 voos entre os países.
Existe a expectativa de um encontro de Takaichi com o premiê chinês, Li Qiang (Partido Comunista da China, esquerda), nos próximos dias. Ambos estarão presentes durante o encontro do G20 em Joanesburgo, na África do Sul, que tem início em 22 de novembro.
No entanto, o governo chinês informou que não há previsão de um encontro bilateral entre as autoridades para suavizar a crise diplomática.





