O Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) aprovou na 2ª feira (17.nov.2025) resolução dos Estados Unidos que endossa o plano de paz do presidente Donald Trump (Partido Republicano) para a Faixa de Gaza. Autorizou também o envio de uma força internacional de estabilização ao território palestino.
O texto afirma que os Estados-membros podem participar do Conselho de Paz presidido por Trump, idealizado como uma autoridade de transição que supervisionaria a reconstrução e a recuperação econômica de Gaza. Foram 13 votos a favor e nenhum contra. China e Rússia, que poderiam vetar o documento, optaram pela abstenção.
Em seu discurso, Mike Waltz, embaixador dos EUA na ONU, disse que a resolução “traça um possível caminho para a autodeterminação palestina onde os foguetes darão lugar a ramos de oliveira e haverá uma chance de se chegar a um acordo sobre um horizonte político”.
“Desmantela o domínio do Hamas, garante que Gaza se erga livre da sombra do terror, próspera e segura”, disse Waltz ao Conselho de Segurança antes da votação. Leia a íntegra, em inglês, do voto do embaixador dos EUA na ONU (PDF – 118 kB).
Trump comemorou a votação como “um momento de verdadeira proporção histórica” em uma publicação na Truth Social. “Os membros do Conselho e muitos outros anúncios empolgantes serão feitos nas próximas semanas”, declarou o presidente dos EUA.

A Autoridade Palestina também elogiou a resolução e afirmou estar pronta para participar da implementação. Diplomatas disseram que o apoio da Autoridade Palestina à resolução foi fundamental para evitar um veto russo.
O Hamas, no entanto, é contrário à resolução dos EUA. Segundo a Reuters, na 2ª feira (17.nov), o grupo extremista criticou a aprovação do documento, alegando que não atende às demandas dos palestinos e busca impor uma tutela internacional sobre o território.
“Atribuir à força internacional tarefas e papéis dentro da Faixa de Gaza, incluindo o desarmamento da resistência, retira sua neutralidade e a transforma em parte do conflito a favor da ocupação”, declarou o Hamas.
A resolução também causou controvérsia em Israel porque faz referência a uma futura possibilidade de um Estado palestino. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu (Likud, direita), pressionado por integrantes do governo, afirmou no domingo (16.nov) que Israel continua se opondo a um Estado palestino e prometeu desmilitarizar Gaza “do jeito fácil ou do jeito difícil”.
Israel e o grupo extremista Hamas concordaram em outubro com a 1ª fase do plano de 20 pontos de Trump para Gaza –um cessar-fogo na guerra que já dura 2 anos e um acordo para a libertação de reféns.





