Dólar opera estável e Bolsa cai com tarifas de Trump e PIB da China
Na última sessão da semana passada, o dólar fechou em leve alta de 0,1%, cotado a R$ 5,548, praticamente estável. Bolsa caiu 0,41%
O operava estável nesta segunda-feira (14/7), abrindo uma semana em que as atenções do mercado financeiro devem novamente se concentrar nos impactos do novo tarifaço comercial anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, , sobre diversos países, entre os quais o Brasil.
Dólar
Às 10h15, o dólar operava estável (variação de 0%), a R$ 5,548.
Mais cedo, às 9h18, a moeda norte-americana avançava 0,26% e era negociada a R$ 5,562.
Na cotação máxima do dia até aqui, o dólar bateu R$ 5,575. A mínima é de R$ 5,545.
Na última sessão da semana passada, na sexta-feira (11/7), .
Com o resultado, a moeda dos EUA acumula ganhos de 2,11% em julho e perdas de 10,22% em 2025 frente ao real.
Ibovespa
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil (), operava em queda no início do pregão.
Às 10h19, o Ibovespa recuava 0,62%, aos 135,3 mil pontos.
No pregão de sexta-feira, o indicador fechou em queda de 0,41%, aos 136,1 mil pontos.
Com o resultado, a Bolsa brasileira acumula baixa de 1,98% no mês e alta de 13,22% no ano.
Tarifaço de Trump
Os investidores continuam acompanhando os desdobramentos do tarifaço comercial anunciado pelo governo dos EUA na semana passada, que deve entrar em vigor no dia 1º de agosto. O Brasil foi o país mais atingido, com taxas de 50% sobre todos os seus produtos.
No último sábado (12/7), para o país, também a partir de 1º de agosto.
Em ambos os casos, Trump alegou que o “tarifaço” visa a corrigir desequilíbrios comerciais prejudiciais aos EUA.
Na carta endereçada à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, Trump justificou a medida como resposta aos “déficits comerciais persistentes, grandes e de longo prazo” dos EUA com o bloco.
Trump afirmou que não haverá tarifa apenas se a UE, ou empresas do bloco europeu, decidirem produzir ou fabricar produtos nos EUA. Em caso de retaliação, prometeu responder com o acréscimo do mesmo percentual à tarifa imposta.
“Não podemos continuar com esse déficit massivo, injusto e insustentável causado pela União Europeia […]. Esse déficit é uma grande ameaça à nossa economia e, de fato, à nossa segurança nacional!”, escreveu ele.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou, no domingo (13/7), que até o início de agosto, em busca de uma solução negociada.
“Os Estados Unidos nos enviaram uma carta com as medidas que devem entrar em vigor, a menos que uma solução negociada seja encontrada. Portanto, estenderemos a suspensão das nossas [represálias] até o início de agosto”, .
Reação do Brasil
No Brasil, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) . Com isso, o Brasil será capaz de adotar medidas proporcionais contra o tarifaço de 50% anunciado pelos EUA.
“O Congresso Nacional aprovou uma lei importante chamada de reciprocidade dizendo: ‘Olha, o que tarifar lá, tarifa aqui’. Esta lei permite não só questões tarifárias, mas também não tarifárias. Ela precisa ser regulamentada. A regulamentação, que é por decreto, deve estar saindo amanhã ou terça-feira”, disse.
Alckmin indicou que o governo continuará buscando reverter a taxação, que classificou como “inadequada”, e que acionará a Organização Mundial do Comércio (OMC).
O vice-presidente também comentou falou sobre o grupo de trabalho criado para analisar alternativas de negociação e eventuais retaliações. Segundo ele, o governo pretende ouvir o setor privado para avaliar os impactos econômicos da medida dos EUA.
“Temos 200 anos de amizade com os EUA, então não justifica [taxar]. O mundo econômico precisa de estabilidade e de previsibilidade. Nós precisamos de previsibilidade. Então, nós vamos trabalhar para reverter”, concluiu.
No domingo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) .
PIB da China
Ainda nesta segunda-feira, o destaque da agenda internacional é a divulgação dos dados do Produto Interno Bruto (PIB) da , segunda maior economia do mundo.
Os resultados serão anunciados pelo Escritório Nacional de Estatísticas da China () e são relativos ao segundo trimestre deste ano. O anúncio está previsto para as 23 horas (pelo horário de Brasília). Portanto, só devem repercutir mais fortemente no mercado no pregão de terça-feira (15/7).
No primeiro trimestre, a economia chinesa avançou 5,4% em relação ao mesmo período do ano passado. A média das estimativas dos analistas do mercado aponta para uma alta de 5,1% do PIB da China entre janeiro e março. A meta do regime chinês é de um crescimento anual de pelo menos 5% em 2025.
Também serão divulgados nesta segunda os dados de atividade econômica referentes a junho, além da produção industrial, das vendas no varejo e dos investimentos em ativos fixos não-rurais.
Por: Metrópoles