• Domingo, 7 de dezembro de 2025

Diabetes: especialistas explicam como reconhecer sinais precoces

Médicos alertam para manifestações que surgem antes do diagnóstico

A diabetes é uma condição crônica que costuma se instalar de forma silenciosa. Muitas pessoas passam meses — ou até anos — convivendo com sintomas que parecem comuns, mas que indicam que o corpo já está enfrentando dificuldades para controlar os níveis de glicose no sangue. Especialistas reforçam que identificar esses sinais precocemente é essencial para evitar complicações graves, como doenças cardíacas, problemas renais e alterações na visão. Leia também Segundo a endocrinologista Larissa Figueiredo, mudanças aparentemente discretas podem ser as primeiras pistas de que algo está fora do padrão. Ela explica que o , desencadeando sintomas que, embora comuns, não devem ser ignorados. “O paciente passa a urinar mais e sentir muita sede, principalmente à noite. Ele acorda de madrugada para beber água, algo que não ocorria antes”, afirma a especialista. Outro ponto de atenção é o cansaço persistente, que aparece mesmo quando a pessoa dorme bem ou mantém uma rotina regular. Larissa destaca que isso ocorre porque as células deixam de receber adequadamente a glicose, que é sua principal fonte de energia. “Como o açúcar não entra nas células, o corpo entende que está faltando combustível. Por isso, o indivíduo sente fraqueza, sonolência e desânimo ao longo do dia”, completa. , especialmente quando surgem escurecimentos em regiões como pescoço e axilas. O nome técnico desse sinal é acantose nigricans e costuma aparecer associado à resistência à insulina. De acordo com a endocrinologista, “a pessoa nota que a pele nessas áreas fica mais grossa e escurecida, como se estivesse suja, mas não sai com banho ou esfoliação”. Diabetes: especialistas explicam como reconhecer sinais precoces - destaque galeria14 imagens O diabetes surge devido ao aumento da glicose no sangue, que é chamado de hiperglicemia. Isso ocorre como consequência de defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreasA função principal da insulina é promover a entrada de glicose nas células, de forma que elas aproveitem o açúcar para as atividades celulares. A falta da insulina ou um defeito na sua ação ocasiona o acúmulo de glicose no sangue, que em circulação no organismo vai danificando os outros órgãos do corpoUma das principais causas da doença é a má alimentação. Dietas ruins baseadas em alimentos industrializados e açucarados, por exemplo, podem desencadear diabetes. Além disso, a falta de exercícios físicos também contribui para o malO diabetes pode ser dividido em três principais tipos. O tipo 1, em que o pâncreas para de produzir insulina, é a tipagem menos comum e surge desde o nascimento. Os portadores do tipo 1 necessitam de injeções diárias de insulina para manter a glicose no sangue em valores normaisJá o diabetes tipo 2 é considerada a mais comum da doença. Ocorre quando o paciente desenvolve resistência à insulina ou produz quantidade insuficiente do hormônio. O tratamento inclui atividades físicas regulares e controle da dietaFechar modal. MetrópolesO diabetes é uma doença que tem como principal característica o aumento dos níveis de açúcar no sangue. Grave e, durante boa parte do tempo, silenciosa, pode afetar vários órgãos do corpo, tais como: olhos, rins, nervos e coração, quando não tratada1 de 14 O diabetes é uma doença que tem como principal característica o aumento dos níveis de açúcar no sangue. Grave e, durante boa parte do tempo, silenciosa, pode afetar vários órgãos do corpo, tais como: olhos, rins, nervos e coração, quando não tratada Oscar Wong/ Getty Images O diabetes surge devido ao aumento da glicose no sangue, que é chamado de hiperglicemia. Isso ocorre como consequência de defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas2 de 14 O diabetes surge devido ao aumento da glicose no sangue, que é chamado de hiperglicemia. Isso ocorre como consequência de defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas moodboard/ Getty Images A função principal da insulina é promover a entrada de glicose nas células, de forma que elas aproveitem o açúcar para as atividades celulares. A falta da insulina ou um defeito na sua ação ocasiona o acúmulo de glicose no sangue, que em circulação no organismo vai danificando os outros órgãos do corpo3 de 14 A função principal da insulina é promover a entrada de glicose nas células, de forma que elas aproveitem o açúcar para as atividades celulares. A falta da insulina ou um defeito na sua ação ocasiona o acúmulo de glicose no sangue, que em circulação no organismo vai danificando os outros órgãos do corpo Peter Dazeley/ Getty Images Uma das principais causas da doença é a má alimentação. Dietas ruins baseadas em alimentos industrializados e açucarados, por exemplo, podem desencadear diabetes. Além disso, a falta de exercícios físicos também contribui para o mal4 de 14 Uma das principais causas da doença é a má alimentação. Dietas ruins baseadas em alimentos industrializados e açucarados, por exemplo, podem desencadear diabetes. Além disso, a falta de exercícios físicos também contribui para o mal Peter Cade/ Getty Images O diabetes pode ser dividido em três principais tipos. O tipo 1, em que o pâncreas para de produzir insulina, é a tipagem menos comum e surge desde o nascimento. Os portadores do tipo 1 necessitam de injeções diárias de insulina para manter a glicose no sangue em valores normais5 de 14 O diabetes pode ser dividido em três principais tipos. O tipo 1, em que o pâncreas para de produzir insulina, é a tipagem menos comum e surge desde o nascimento. Os portadores do tipo 1 necessitam de injeções diárias de insulina para manter a glicose no sangue em valores normais Maskot/ Getty Images Já o diabetes tipo 2 é considerada a mais comum da doença. Ocorre quando o paciente desenvolve resistência à insulina ou produz quantidade insuficiente do hormônio. O tratamento inclui atividades físicas regulares e controle da dieta6 de 14 Já o diabetes tipo 2 é considerada a mais comum da doença. Ocorre quando o paciente desenvolve resistência à insulina ou produz quantidade insuficiente do hormônio. O tratamento inclui atividades físicas regulares e controle da dieta Artur Debat/ Getty Images O diabetes gestacional acomete grávidas que, em geral, apresentam histórico familiar da doença. A resistência à insulina ocorre especialmente a partir do segundo trimestre e pode causar complicações para o bebê, como má-formação, prematuridade, problemas respiratórios, entre outros7 de 14 O diabetes gestacional acomete grávidas que, em geral, apresentam histórico familiar da doença. A resistência à insulina ocorre especialmente a partir do segundo trimestre e pode causar complicações para o bebê, como má-formação, prematuridade, problemas respiratórios, entre outros Chris Beavon/ Getty Images Além dessas, existem ainda outras formas de desenvolver a doença, apesar de raras. Algumas delas são: devido a doenças no pâncreas, defeito genético, por doenças endócrinas ou por uso de medicamento8 de 14 Além dessas, existem ainda outras formas de desenvolver a doença, apesar de raras. Algumas delas são: devido a doenças no pâncreas, defeito genético, por doenças endócrinas ou por uso de medicamento Guido Mieth/ Getty Images É comum também a utilização do termo pré-diabetes, que indica o aumento considerável de açúcar no sangue, mas não o suficiente para diagnosticar a doença9 de 14 É comum também a utilização do termo pré-diabetes, que indica o aumento considerável de açúcar no sangue, mas não o suficiente para diagnosticar a doença GSO Images/ Getty Images Os sintomas do diabetes podem variar dependendo do tipo. No entanto, de forma geral, são: sede intensa, urina em excesso e coceira no corpo. Histórico familiar e obesidade são fatores de risco10 de 14 Os sintomas do diabetes podem variar dependendo do tipo. No entanto, de forma geral, são: sede intensa, urina em excesso e coceira no corpo. Histórico familiar e obesidade são fatores de risco Thanasis Zovoilis/ Getty Images Alguns outros sinais também podem indicar a presença da doença, como saliências ósseas nos pés e insensibilidade na região, visão embaçada, presença frequente de micoses e infecções11 de 14 Alguns outros sinais também podem indicar a presença da doença, como saliências ósseas nos pés e insensibilidade na região, visão embaçada, presença frequente de micoses e infecções Peter Dazeley/ Getty Images O diagnóstico é feito após exames de rotina, como o teste de glicemia em jejum, que mede a quantidade de glicose no sangue. Os valores de referência são: inferior a 99 mg/dL (normal), entre 100 a 125 mg/dL (pré-diabetes), acima de 126 mg/dL (diabetes)12 de 14 O diagnóstico é feito após exames de rotina, como o teste de glicemia em jejum, que mede a quantidade de glicose no sangue. Os valores de referência são: inferior a 99 mg/dL (normal), entre 100 a 125 mg/dL (pré-diabetes), acima de 126 mg/dL (diabetes) Panyawat Boontanom / EyeEm/ Getty Images Qualquer que seja o tipo da doença, o principal tratamento é controlar os níveis de glicose. Manter uma alimentação saudável e a prática regular de exercícios ajudam a manter o peso saudável e os índices glicêmicos e de colesterol sob controle13 de 14 Qualquer que seja o tipo da doença, o principal tratamento é controlar os níveis de glicose. Manter uma alimentação saudável e a prática regular de exercícios ajudam a manter o peso saudável e os índices glicêmicos e de colesterol sob controle Oscar Wong/ Getty Images Quando o diabetes não é tratado devidamente, os níveis de açúcar no sangue podem ficar elevados por muito tempo e causar sérios problemas ao paciente. Algumas das complicações geradas são surdez, neuropatia, doenças cardiovasculares, retinoplastia e até mesmo depressão14 de 14 Quando o diabetes não é tratado devidamente, os níveis de açúcar no sangue podem ficar elevados por muito tempo e causar sérios problemas ao paciente. Algumas das complicações geradas são surdez, neuropatia, doenças cardiovasculares, retinoplastia e até mesmo depressão Image Source/ Getty Images No campo cardiovascular, o cardiologista Abrão Cury, do Hcor – Hospital do Coração, lembra que os sintomas nem sempre são percebidos de imediato, mas o impacto da diabetes no organismo é profundo. Ele alerta que níveis elevados de glicose favorecem processos inflamatórios e danos nos vasos sanguíneos, aumentando o risco de infarto e acidente vascular cerebral (AVC). “A diabetes, quando não tratada, acelera o envelhecimento das artérias e causa lesões que podem evoluir para problemas graves do coração”, explica. Sinais que podem indicar que você tem diabetes Sensação frequente de cansaço e irritabilidade. Visão turva Sede excessiva. Fome frequente. Boca seca. Doença periodontal. Feridas que demoram para cicatrizar. Formigamento nos pés e mãos. Perda de peso. Coceira ao redor do pênis ou vagina, ou episódios recorrentes de candidíase. Vontade excessiva de urinar. Coceira na pele. Manchas escuras na pele. Infecções frequentes. Abrão reforça ainda que alguns pacientes podem experimentar , especialmente durante tarefas simples do cotidiano. Esses sinais, segundo ele, acontecem porque “o corpo tenta compensar a sobrecarga metabólica e o comprometimento dos vasos, o que exige mais do coração”. Os especialistas concordam que identificar sintomas cedo faz diferença no prognóstico. A combinação entre sede excessiva, , perda de peso não intencional, visão embaçada e cansaço constante deve servir como um alerta imediato para buscar avaliação médica. Exames simples conseguem detectar variações da glicemia e confirmar o diagnóstico. Encerrar o ciclo de incertezas rapidamente é fundamental. A diabetes não controlada abre caminho para complicações sérias, mas, com mudanças de estilo de vida, acompanhamento regular e, quando necessário, medicação. A orientação dos especialistas é clara: qualquer sinal persistente merece atenção. Quanto antes a doença for reconhecida, maiores são as chances de prevenir danos irreversíveis e garantir qualidade de vida. Siga a editoria de e fique por dentro de tudo sobre o assunto!
Por: Metrópoles

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