Pelo menos 28 médicos em serviço foram mortos nas últimas 24 horas no Líbano, onde Israel lançou ataques aéreos e enviou tropas para combater o Hezbollah em um conflito cada vez maior, disse o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, nesta quinta-feira (3).
"Muitos profissionais de saúde não estão se apresentando ao serviço e fugiram das áreas onde trabalham devido aos bombardeios", afirmou o diretor em entrevista coletiva online, pedindo mais proteção para esses profissionais.
"Isso está limitando severamente o fornecimento de gerenciamento de traumas em massa e a continuidade dos serviços de saúde", disse.
A agência de saúde global não será capaz de entregar uma grande remessa planejada de suprimentos médicos e de trauma para o país nesta sexta-feira (4) devido a restrições de voo, acrescentou.
O representante da OMS no Líbano, o médico Abdinasir Abubakar, informou, na entrevista coletiva, que todos os profissionais de saúde mortos estavam em serviço, ajudando com os feridos.
Quase 2 mil pessoas foram mortas, incluindo 127 crianças, e 9.384 ficaram feridas desde o início dos ataques israelenses ao Líbano no ano passado, segundo o Ministério da Saúde do país.
"Os hospitais já foram esvaziados. Acho que o que posso dizer por enquanto é que a capacidade de gerenciamento de vítimas em massa existe, mas é apenas uma questão de tempo até que o sistema realmente atinja seu limite", disse Abubakar.
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