O 1º e o 2º dia da Cúpula de Líderes, realizados na 5ª e 6ª feira (6 e 7.nov.2025) em Belém (PA), foram marcados por desafios na infraestrutura. O evento reuniu chefes de Estado para discussões em torno do fundo florestal, transição energética e dos 10 anos do Acordo de Paris. Enquanto debatiam, participantes enfrentaram 2 dias de falta de água, preços altos e estruturas inacabadas.
Assista (1min26s):
No 1º dia de cúpula, todo o corredor que liga a área da entrada principal à “Blue Zone”, a área restrita a comitivas governamentais da COP30, estava em manutenção: todas as cabines de exposição dos países estavam inacabadas. Madeiras sendo cortadas, aparafusadas, marteladas e pintadas. Funcionários com jaquetas fosforescentes andavam de lá para cá.
No início da manhã do 1º dia da cúpula (6.nov), não havia papel nos banheiros do comitê de imprensa. Durante a tarde, foram fornecidos, mas a água acabou em seguida. Não havia como dar descarga ou lavar as mãos. Nas pias, foram colocados frascos de álcool gel. A falta de água durou cerca de 4 horas. Depois, um caminhão-pipa reabasteceu os banheiros.
No 2º dia, detectores de metal ainda estavam sendo desembalados pela segurança e nunca foram vistos sendo usados. Também no 2º dia, as estruturas estavam mais bem-acabadas, mas ainda muitas estavam na madeira crua. No comitê de imprensa, alguns furos podiam ser vistos no chão para que cabos fossem passados. Nos corredores, caixas vazias, plásticos-bolha e garrafões d’água. Plantas decorativas também eram instaladas e posicionadas.
No início da tarde do 2º dia (7.nov), a água acabou outra vez. Os sanitários voltaram a ficar sem água no início da tarde. A falta durou cerca de 3h.
O secretário do governo federal para a COP30, Valter Correia, disse que as obras em andamento não eram estruturais e que os ajustes já estavam “previstos”. Segundo ele, restam apenas “detalhes” que devem ser concluídos até o fim de semana e entregues até o início da COP30 em 10 de novembro de 2025. “Parecem obras inacabadas, mas não são”, declarou.
As obras da COP30 receberam mais de R$ 4 bilhões do governo federal para a construção de espaços, melhorias em infraestrutura, requalificação viária, avanços ambientais e intervenções urbanas.
A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, em Belém, está planejada para começar em 10 de novembro de 2025. Segundo o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), mais de 55.000 pessoas se inscreveram para a COP30.
Falta um dia para a COP30 em Belém.
O Poder360 foi o 1º jornal a mostrar os valores cobrados dentro da “Blue Zone”. Desde então, outros jornais repercutiram o tema. De 5ª a 6ª feira (6 e 7.nov), último dia da Cúpula dos Líderes, os preços não mudaram.
Na sala de imprensa, também na Zona Azul, um espresso –item básico para jornalistas– custa R$ 25. Outros tipos de preparo de cafés ficam entre R$ 18 e R$ 30.
Nos corredores do local, uma quiche não sai por menos de R$ 45. E um pedaço de cheesecake chega a R$ 55. Já um cuscuz está à venda por R$ 40.
Em outro espaço, no Dining Room, ao norte da Zona Azul, um espetinho de carne com vinagrete e farofa custa R$ 79.
E levar comida de casa não é permitido. O site da COP30 informa que “as refeições devem ser realizadas nas áreas designadas para alimentação por motivos de segurança“ e que “todo o consumo deve ser realizado por meio do catering oficial ou dos estabelecimentos credenciados”.
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