• Quinta-feira, 31 de julho de 2025

Copom mantém taxa Selic em 15% ao ano

Copom decidiu manter taxa Selic em 15% ao ano. A decisão ocorreu após sete aumentos consecutivos

O Comitê de Política Monetária () do decidiu, nesta quarta-feira (30/7), encerrar o ciclo de altas da taxa básica de juros do país, a . A taxa foi mantida em 15% ao ano, após sete aumentos consecutivos. O ciclo de aperto monetário teve início em setembro do ano passado, quando o comitê decidiu interromper o ciclo de cortes e elevar a Selic, que passou dos então 10,50% ao ano para 10,75% ao ano. A taxa de juros, de 15% ao ano, ficará vigente pelos próximos 45 dias. Decisão do Copom Os diretores do Copom são responsáveis por decidir se vão cortar, manter ou elevar a taxa Selic. Isso porque é missão do BC controlar o avanço dos preços de bens e serviços do país, que seguem subindo mas com menos força.   BC tinha sinalizado interrupção no ciclo de altas Na reunião de junho, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa de juros de 14,75% ao ano para 15% ao ano. Com isso, a Selic chegou ao patamar mais elevado em quase 20 anos. Conforme dados da série histórica, a taxa de juros é a maior desde julho de 2006, época do fim do primeiro mandato do presidente . Na última ata, o comitê ressaltou que o ciclo de altas foi “rápido e firme”, mesmo tendo sido iniciado em setembro do ano passado. E, por esse motivo, decidiu antecipar a interrupção do ciclo de alta dos juros e observar os efeitos do aperto monetário para, assim, avaliar se a taxa Selic atual é apropriada para assegurar a convergência da inflação à meta. Entenda a situação dos juros no Brasil A taxa Selic é o principal instrumento de controle da inflação. Os integrantes do Copom são responsáveis por decidir se vão cortar, manter ou elevar a taxa Selic. Uma vez que a missão do BC é controlar o avanço dos preços de bens e serviços do país. Ao aumentar os juros, a consequência esperada é a redução do consumo e dos investimentos no país. Dessa forma, o crédito fica mais caro e a atividade econômica tende a desaquecer, provocando queda de preços para consumidores e produtores. Projeções mais recentes mostram que o mercado desacredita em um cenário em que a taxa de juros volte a ficar abaixo de dois dígitos durante o  e do mandato de Galípolo à frente do BC. A próxima reunião do Copom está prevista para os dias 16 e 17 de setembro. À época, a diretoria do BC ainda avaliou que “grande parte dos impactos da taxa mais contracionista ainda está por vir”. “Determinada a taxa apropriada de juros, ela deve permanecer em patamar significativamente contracionista por período bastante prolongado devido às expectativas desancoradas”, explicou na ata de junho. Leia também Expectativas do mercado para a Selic Analistas do mercado financeiro, consultados semanalmente no , estimam que a , a Selic, feche o ano em 15% ao ano. Ou seja, não há expectativa de novos aumentos na taxa. As estimativas para os próximos anos também seguem as mesmas, confira abaixo: Para 2026, os analistas projetam uma Selic de 12,50% ao ano. Para 2027, a previsão da taxa de juros é de 10,50% ao ano. Para 2028, a estimativa continua em 10% ao ano. As previsões indicam que o mercado não crê que a taxa Selic fique abaixo de dois dígitos até o fim do governo do presidente , em 2026, e sequer do atual mandato de Gabriel Galípolo à frente do BC, que termina em 2028. Calendário do Copom — Reuniões em 2025: 28 e 29 de janeiro 18 e 19 de março 6 e 7 de maio 17 e 18 de junho 29 e 30 de julho 16 e 17 de setembro 4 e 5 de novembro 9 e 10 de dezembro — Reuniões em 2026: 27 e 28 de janeiro 17 e 18 de março 28 e 29 de abril 16 e 17 junho 4 e 5 de agosto 15 e 16 de setembro 3 e 4 de novembro 8 e 9 de dezembro
Por: Metrópoles

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