Copom mantém taxa Selic em 15% ao ano
Copom decidiu manter taxa Selic em 15% ao ano. A decisão ocorreu após sete aumentos consecutivos
O Comitê de Política Monetária () do decidiu, nesta quarta-feira (30/7), encerrar o ciclo de altas da taxa básica de juros do país, a . A taxa foi mantida em 15% ao ano, após sete aumentos consecutivos.
O ciclo de aperto monetário teve início em setembro do ano passado, quando o comitê decidiu interromper o ciclo de cortes e elevar a Selic, que passou dos então 10,50% ao ano para 10,75% ao ano.
A taxa de juros, de 15% ao ano, ficará vigente pelos próximos 45 dias.
Decisão do Copom
Os diretores do Copom são responsáveis por decidir se vão cortar, manter ou elevar a taxa Selic. Isso porque é missão do BC controlar o avanço dos preços de bens e serviços do país, que seguem subindo mas com menos força.
BC tinha sinalizado interrupção no ciclo de altas
Na reunião de junho, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa de juros de 14,75% ao ano para 15% ao ano. Com isso, a Selic chegou ao patamar mais elevado em quase 20 anos. Conforme dados da série histórica, a taxa de juros é a maior desde julho de 2006, época do fim do primeiro mandato do presidente .
Na última ata, o comitê ressaltou que o ciclo de altas foi “rápido e firme”, mesmo tendo sido iniciado em setembro do ano passado. E, por esse motivo, decidiu antecipar a interrupção do ciclo de alta dos juros e observar os efeitos do aperto monetário para, assim, avaliar se a taxa Selic atual é apropriada para assegurar a convergência da inflação à meta.
Entenda a situação dos juros no Brasil
A taxa Selic é o principal instrumento de controle da inflação.
Os integrantes do Copom são responsáveis por decidir se vão cortar, manter ou elevar a taxa Selic. Uma vez que a missão do BC é controlar o avanço dos preços de bens e serviços do país.
Ao aumentar os juros, a consequência esperada é a redução do consumo e dos investimentos no país.
Dessa forma, o crédito fica mais caro e a atividade econômica tende a desaquecer, provocando queda de preços para consumidores e produtores.
Projeções mais recentes mostram que o mercado desacredita em um cenário em que a taxa de juros volte a ficar abaixo de dois dígitos durante o e do mandato de Galípolo à frente do BC.
A próxima reunião do Copom está prevista para os dias 16 e 17 de setembro.
À época, a diretoria do BC ainda avaliou que “grande parte dos impactos da taxa mais contracionista ainda está por vir”. “Determinada a taxa apropriada de juros, ela deve permanecer em patamar significativamente contracionista por período bastante prolongado devido às expectativas desancoradas”, explicou na ata de junho.
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Expectativas do mercado para a Selic
Analistas do mercado financeiro, consultados semanalmente no , estimam que a , a Selic, feche o ano em 15% ao ano. Ou seja, não há expectativa de novos aumentos na taxa.
As estimativas para os próximos anos também seguem as mesmas, confira abaixo:
Para 2026, os analistas projetam uma Selic de 12,50% ao ano.
Para 2027, a previsão da taxa de juros é de 10,50% ao ano.
Para 2028, a estimativa continua em 10% ao ano.
As previsões indicam que o mercado não crê que a taxa Selic fique abaixo de dois dígitos até o fim do governo do presidente , em 2026, e sequer do atual mandato de Gabriel Galípolo à frente do BC, que termina em 2028.
Calendário do Copom
— Reuniões em 2025:
28 e 29 de janeiro
18 e 19 de março
6 e 7 de maio
17 e 18 de junho
29 e 30 de julho
16 e 17 de setembro
4 e 5 de novembro
9 e 10 de dezembro
— Reuniões em 2026:
27 e 28 de janeiro
17 e 18 de março
28 e 29 de abril
16 e 17 junho
4 e 5 de agosto
15 e 16 de setembro
3 e 4 de novembro
8 e 9 de dezembro
Por: Metrópoles