• Domingo, 24 de agosto de 2025

Conheça os tipos de calcário e qual o melhor para a correção do solo; veja a recomendação

Não há uma fórmula única, mas sim a decisão técnica embasada em análise de solo, custo-benefício e recomendação agronômica para qual calcário utilizar na correção do solo

Não há uma fórmula única, mas sim a decisão técnica embasada em análise de solo, custo-benefício e recomendação agronômica para qual calcário utilizar na correção do solo Imagine investir em sementes de alto potencial genético, fertilizantes de qualidade e manejo de ponta… mas não colher os resultados esperados. Esse é o drama de muitos produtores que negligenciam um fator invisível, porém determinante: a acidez do solo. No Brasil, mais de 70% dos solos apresentam algum grau de acidez, segundo a Embrapa, limitando o crescimento das raízes e reduzindo a absorção de nutrientes essenciais. O resultado? Perda de produtividade que pode variar entre 20% e 50% por hectare.
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    A solução mais eficiente para esse problema é antiga, acessível e indispensável: a calagem. Mas com tantas opções de calcário disponíveis, surge a dúvida: qual escolher?window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});Por que corrigir a acidez do solo é indispensável? Solos ácidos podem causar:
  • Redução da disponibilidade de nutrientes como fósforo, potássio, nitrogênio, cálcio e magnésio.
  • Toxidez de alumínio e manganês, que limita o desenvolvimento radicular.
  • Comprometimento da microbiologia do solo, afetando a fixação biológica de nitrogênio e a decomposição de matéria orgânica.
  • Impactos práticos:
  • Na pecuária: pastagens degradadas, menor lotação animal e aumento do custo com suplementação mineral.
  • Na agricultura: queda de 20% a 50% na produtividade de culturas como soja, milho, feijão e hortaliças.
  • A calagem adequada recupera a fertilidade do solo e aumenta a eficiência de fertilizantes, refletindo em produtividade e retorno financeiro. Conheça os tipos de calcário agrícola Calcário calcítico
  • Riquíssimo em CaCO₃ (carbonato de cálcio).
  • Ideal para solos com deficiência de cálcio e bom teor de magnésio.
  • Vantagem: melhora a estrutura do solo e a resistência das plantas.
  • Limitação: baixo teor de magnésio.
  • Calcário dolomítico
  • Contém CaCO₃ + MgCO₃, com mais de 12% de MgO.
  • Indicado para solos pobres em magnésio — muito comuns no Cerrado.
  • Benefício extra: supre cálcio e magnésio simultaneamente.
  • Calcário magnesiano
  • Teor intermediário de magnésio (4 a 12% de MgO).
  • Boa opção para solos que não exigem altas doses de magnésio.
  • Calcário filler (ou fino)
  • Granulometria ultrafina, o que acelera a reação no solo.
  • Vantagem: efeito rápido.
  • Desvantagem: maior custo logístico e dificuldade no manuseio.
  • Calcário dolomítico calcinado
  • Passa por processo térmico, concentrando os óxidos de cálcio e magnésio.
  • Altíssima reatividade, mas custo elevado.
  • Uso mais comum em áreas específicas que demandam ação imediata.
  • Calcário líquido O uso do calcário líquido tem gerado dúvidas entre pecuaristas e agricultores. Na prática, o calcário líquido não funciona como corretivo, quando usado nas proporções comuns do mercado. Por quê?
  • A composição típica é de cerca de 30% de cálcio e 15% a 16% de magnésio.
  • A recomendação usual de 5 litros de líquido para substituir 1 tonelada de sólido aplica quantidade insuficiente de nutrientes.
  • Consequências:
    • Não altera o pH de forma significativa.
    • Não neutraliza o alumínio tóxico.
    • Não modifica a saturação por bases (V%), que mede a fertilidade do solo.
  • Outras fontes relacionadas
  • Conchas moídas e margas calcárias: alternativas naturais ricas em carbonato de cálcio.
  • Gesso agrícola (CaSO₄·2H₂O): não corrige pH, mas fornece cálcio e enxofre e reduz alumínio em profundidade.
  • Pó de rocha (remineralizadores): liberação lenta de nutrientes, usado como complemento em sistemas mais sustentáveis.
  • Tipos de calcário: Como escolher o ideal? Não existe resposta única: o melhor calcário é o que atende à necessidade do seu solo. Para acertar na escolha:
  • Faça análise de solo: só ela indica se há deficiência de cálcio, magnésio ou excesso de acidez.
  • Avalie o PRNT (Poder Relativo de Neutralização Total): quanto maior, mais eficiente o calcário. Um produto com PRNT 90% corrige o solo muito mais rápido que outro com PRNT 65%.
  • Considere a logística: o frete pode representar até 60% do custo final do calcário. Muitas vezes, o mais próximo se torna mais viável economicamente.
  • Aplicação correta: segredo da eficiência A escolha do tipo de calcário é apenas parte do processo. Para ter resultado:
  • Aplique preferencialmente de 60 a 90 dias antes do plantio.
  • Sempre que possível, faça a incorporação mecânica para maior uniformidade.
  • Em pastagens, a aplicação superficial é válida, mas exige reaplicações periódicas.
  • Evite erros comuns, como usar calcário de baixa reatividade ou não respeitar a dose indicada na análise de solo.
  • Qual calcário é o melhor? A resposta é clara: entre os tipos calcário, o melhor é aquele que atende à necessidade real do seu solo. Não há uma fórmula única, mas sim a decisão técnica embasada em análise de solo, custo-benefício e recomendação agronômica. Escrito por Compre Rural VEJA MAIS:
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  • ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira Quer ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão? Para isso é só entrar em nosso grupo do WhatsApp (clique aqui) ou Telegram (clique aqui). Você também pode assinar nosso feed pelo Google Notícias
    Por: Redação

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