Brasil precisa verticalizar produção de alimentos
O Brasil já é uma potência agro, e agora temos a oportunidade de ser também uma potência em tecnologia, em valor agregado e em equidade
O Brasil já é uma potência agro, e agora temos a oportunidade de ser também uma potência em tecnologia, em valor agregado e em equidade Por Luciano Vacari* – O Brasil é um gigante que alimenta o mundo, e isso não é exagero! Somos o maior produtor de alimentos, fibras e energia renovável do planeta, um feito incrível que reflete décadas de trabalho, inovação e muito suor no campo. Mas como chegamos até aqui? A resposta está na combinação poderosa entre inovação, pesquisa, tecnologia e a paixão de quem trabalha na terra. Brasil será líder mundial de produção de alimentos Agropecuária brasileira alimenta 1 bilhão de pessoas A inovação tem sido nossa grande aliada. Instituições de pesquisa, como a Embrapa, desenvolveram técnicas que transformaram solos antes considerados improdutivos em terras férteis. O uso de tecnologia de ponta, desde sementes geneticamente melhoradas até drones e sensores que monitoram cada centímetro da plantação, permitiu um aumento espetacular da produtividade. Clique aqui para seguir o canal do CompreRural no Whatsapp Hoje, produzimos mais, usando menos terra, e isso nos leva a um ponto crucial: o combate ao desmatamento. Muitas vezes, há uma ideia equivocada de que expandir a produção significa derrubar florestas. Mas a realidade é outra, estamos produzindo cada vez mais na mesma área, graças à eficiência e ao manejo sustentável. Preservar nossos biomas, como a Amazônia e o Cerrado, é parte essencial dessa equação, e o Brasil tem mostrado que é possível crescer sem agredir o meio ambiente.window._taboola = window._taboola || [];
_taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});Agora, o grande passo é verticalizar a produção, ou seja, agregar valor aqui mesmo, dentro do nosso país. Em vez de exportar commodities em estado bruto, podemos processá-las, industrializá-las e transformá-las em produtos finais de alta qualidade. Imagine não só vender soja, mas também óleos, rações e alimentos prontos. Não apenas carne bovina, mas cortes especiais e produtos com marca brasileira reconhecida mundialmente. Essa mudança gera empregos de qualidade, especialmente nas cidades do interior, que se tornam pólos de desenvolvimento. Falar em emprego é também falar em distribuição de renda e quando a riqueza gerada no campo circula mais e melhor pela economia, todos saem ganhando. Pequenos e médios produtores, cooperativas e empresas familiares têm papel fundamental nesse processo. Eles fortalecem as comunidades locais e garantem que os frutos do crescimento sejam compartilhados de forma mais justa. Por fim, mas não menos importante, está a segurança alimentar, afinal num mundo com população crescente e mudanças climáticas, garantir que todos tenham acesso a comida nutritiva e a preços acessíveis é uma missão nobre, e o Brasil, com sua capacidade produtiva, pode e deve liderar esse movimento. Não se trata apenas de abastecer o mercado externo, mas também de fortalecer nossa própria mesa, com diversidade e qualidade. O caminho está traçado: continuar inovando, produzir com responsabilidade ambiental, verticalizar a cadeia e incluir cada vez mais pessoas nesse ciclo virtuoso.
O Brasil já é uma potência agro, e agora temos a oportunidade de ser também uma potência em tecnologia, em valor agregado e em equidade. Juntos, campo e cidade, podemos construir um futuro ainda mais próspero e sustentável para todos. Luciano Vacari é gestor de agronegócios e CEO da NeoAgro Consultoria.
Por: Redação