Consumidores fazem compras na antevéspera de Natal na Saara, na região central do Rio de Janeiro - Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Inflação natalina
O movimento dinâmico na Saara mostra que o brasileiro não sentiu a leve alta de preços em itens natalinos. A inflação desses produtos subiu 0,1% em 2025, na comparação com o Natal de 2024. Medida pela Fundação Getulio Vargas (FGV), a pesquisa considerou alta de preços de presentes e a queda dos de alimentos e foi divulgada segunda-feira (22). Em relação aos presentes, enquanto caíram os valores de eletrônicos e alguns produtos infantis, puxando a inflação para baixo, subiram os de roupas, produtos de saúde e beleza, principalmente as peças de vestuário masculino. Itens para crianças caíram, principalmente os calçados, com queda de 6% nos preços. O pesquisador da FGV Ibre Matheus Dias explicou que a cesta de presentes subiu após 2 anos de inflação muito baixa no país. “O movimento reflete um consumo mais aquecido em 2025, em linha com o mercado de trabalho forte, o que pode ter influenciado na retomada mais acelerada de bens de consumo semiduráveis”, explicou, em nota. A surpresa boa é para quem ainda não fez as compras de supermercado. Segundo a FGV, a ceia do Natal de 2025 está mais barata, mesmo que algumas carnes ainda estejam pressionando o carrinho de compras. Diminuíram os preços do azeite, do arroz e da batata, apesar da alta, pequena, da carne bovina, pernil e lombo entre 9% e 7%, em média. O bacalhau, um produto importado, nesta época do ano, devido à procura, teve alta de 20% no preço. Segundo a FGV, este Natal é diferente dos anteriores, com crescimento menor da economia global combinada à melhora das safras e que se refletiram na queda de preços para o consumidor. Ainda impacta a economia brasileira o câmbio, que permaneceu alto a maior parte do ano, e os custos logísticos, mantendo mais altos preços de itens importados, como o bacalhau e produtos de saúde e beleza. Relacionadas
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