Hackers invadem catálogo do Spotify e “copiam” milhões de músicas

O , serviço de streaming digital que oferece acesso a milhões de músicas, podcasts e vídeos, confirmou, nessa segunda-feira (22/12), que foi alvo de uma invasão de um grupo de . A plataforma afirmou que desativou as contas do grupo hacker Anna’s Archives, que alegou ter “copiado” milhões de arquivos de música do gigante do streaming. O que os hackers fizeram Em uma publicação nas redes sociais, o grupo hacker disse ter copiado 86 milhões de músicas do , além dos metadados de 256 milhões de canções, em um processo conhecido como “scraping”. Scraping (ou “raspagem” de dados da web) é o uso de softwares para extrair grandes volumes de dados ou conteúdo de sites de forma automática, transformando-os em um formato estruturado (como planilhas ou bancos de dados) para análise. A prática é feita, por exemplo, para comparação de preços, pesquisa de mercado ou agregação de notícias, mas também pode ser usada para fins maliciosos, como roubo de conteúdo. Leia também Metadados, por sua vez, são “dados sobre dados”, ou informações estruturadas que descrevem, explicam, localizam e facilitam o gerenciamento e a recuperação de um recurso de informação, como um arquivo, imagem ou comunicação eletrônica, sem revelar o conteúdo principal. Eles funcionam como etiquetas ou catálogos, ajudando a encontrar, organizar e entender um ativo digital. Ainda segundo os hackers, as músicas “copiadas” representariam cerca de 99,6% do total de reproduções do Spotify. Já os metadados roubados corresponderiam a 99,9% de todas as canções da plataforma. Até o momento, esses percentuais não foram confirmados pelo Spotify. O que diz o Spotify De acordo com a empresa, a invasão hacker não afetou diretamente os usuários da plataforma. “O Spotify identificou e desativou as contas de usuários maliciosos envolvidos no scraping ilegal. Implementamos novas medidas de segurança para combater esses tipos de ataques de violação de direitos autorais e estamos monitorando ativamente qualquer atividade suspeita”, afirmou o Spotify, em nota. “Desde o primeiro dia, apoiamos a comunidade artística na luta contra a pirataria e estamos trabalhando ativamente com nossos parceiros do setor para proteger os criadores e defender seus direitos”, completou a empresa.