Chuvas prolongadas podem sustentar preços da arroba em Mato Grosso, diz Imea

Condições climáticas atípicas retardam pressão de baixa sazonal e mantêm valorização da arroba do boi gordo no estado Após registrar valorização de 1,34% na última semana, a arroba do boi gordo a prazo em Mato Grosso fechou em R$ 324,39, de acordo com o boletim nº 844 do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). A manutenção das chuvas no estado tem retardado o impacto típico da entressafra, que costuma pressionar os preços negativamente. Tradicionalmente, o mês de maio marca um recuo nas cotações do boi gordo devido ao aumento da oferta de animais de pasto para abate. Com o início do período seco, os pecuaristas ajustam a lotação das pastagens, elevando o volume de gado disponível. Historicamente, os preços de maio registraram queda média de 0,81% em relação a abril.

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No entanto, o prolongamento das chuvas em 2025 está favorecendo a manutenção do pasto por mais tempo, permitindo que os produtores retenham os animais no campo e posterguem a venda. Esse cenário contribui para a sustentação dos preços da arroba, mesmo em um período de costumeira baixa. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});Expectativa de valorização no segundo semestre Segundo análise do Imea, os preços da arroba tendem a se recuperar a partir de outubro, quando comparados aos valores de maio. Na média histórica, o ganho registrado no período foi de 5,89%, o que sinaliza um possível cenário de valorização caso o ciclo siga o padrão dos últimos anos. Indicadores do mercado e valores da arroba Outros destaques do boletim revelam um cenário de custos em ascensão e movimentações no mercado pecuário:

Boi magro (12@) teve alta semanal de 1,80%, chegando a R$ 346,50/@, acompanhando o movimento de valorização do boi gordo.

O bezerro de 7@ foi cotado a R$ 12,99/kg, e a novilha de 8,5@ a R$ 9,59/kg.

As escalas de abate aumentaram para 8,62 dias, sinalizando menor pressão imediata dos frigoríficos.

Custos de produção em alta O Custo Operacional Efetivo (COE) do sistema de recria/engorda no 1º trimestre de 2025 subiu para R$ 278,18/@ vendida, aumento de 46,81% em comparação com 2024. Esse aumento foi puxado por despesas gerais e maior demanda por seguros de produção. Na cria, o COE foi de R$ 187,30/@, com alta de 29,70%. Por outro lado, o sistema de ciclo completo teve redução de custos, com queda de 18,39%, ficando em R$ 123,70/@. A permanência das chuvas no início da entressafra se tornou um fator estratégico para os pecuaristas de Mato Grosso, contribuindo para manter os preços da arroba em patamares favoráveis. Entretanto, o avanço nos custos de produção acende um sinal de alerta para a rentabilidade do setor nos próximos meses. O comportamento do mercado até outubro será decisivo para a definição do cenário de 2025.