• Segunda-feira, 17 de março de 2025

China lança novo pacote para estimular consumo e aquecer economia

Anúncio de pacote da China está previsto para segunda-feira e será feito por representantes do Ministério das Finanças e do Banco Central

O do governo da anunciou neste domingo (16/3) que divulgará um novo pacote de medidas com o objetivo de estimular o doméstico e impulsionar a atividade econômica do país. Entenda o pacote da China Entre as principais medidas, que devem ser oficialmente comunicadas na segunda-feira (17/3), estão uma política de subsídios para cuidados infantis, ampliar a assistência financeira para estudantes, plano para o aumento de renda dos agricultores e redução das taxas de juros dos financiamentos habitacionais subsidiados. De acordo com o regime chinês, o pacote valerá para todas as regiões e estados do país e tem o objetivo de “impulsionar vigorosamente o consumo, expandir a demanda interna em todas as direções e melhorar a capacidade de consumo, aumentando a renda e reduzindo encargos”. As autoridades locais devem, segundo Pequim, “estudar e estabelecer um sistema de subsídio para cuidados infantis”, além de implementar empregos flexíveis e abertura de clínicas ambulatoriais pediátricas à noite. Também serão anunciadas medidas que visam a impulsionar o turismo no país. Deflação preocupa O anúncio oficial do pacote está previsto para segunda-feira e será feito por representantes do Ministério das Finanças, do Banco Central e de outros órgãos do governo. Na última sexta-feira (14/3), já em meio às especulações em torno do anúncio das medidas, as principais ações do mercado financeiro da China fecharam na maior alta em 2 meses. As medidas de incentivo ao consumo para aquecer a economia vêm sendo uma tônica do regime chinês nos últimos anos, em meio à perda de força do crescimento do Produto Interno Bruto (), se comparado ao patamar de décadas atrás. Desde a pandemia de Covid, o gigante asiático tem enfrentado dificuldades em alguns setores da economia. As vendas do comércio varejista têm registrado fraco desempenho, enquanto os preços ao consumidor tiveram deflação em fevereiro – pela primeira vez em mais de 1 ano. Em linhas gerais, chama-se de deflação . Trata-se de uma “ negativa” – ou seja, abaixo de zero. Uma deflação pode ser pontual ou estrutural, o que implica efeitos benéficos ou prejudiciais para a economia de um país, dependendo de suas origens e de sua duração. Em um primeiro momento, a queda de preços é positiva para o consumidor, que vê seu poder de compra aumentar em relação a alguns produtos ou serviços. Uma deflação mais duradoura, no entanto, pode ser um risco para a economia. Com a expectativa pela queda constante de preços, as pessoas tendem a adiar as compras, o que pode desaquecer o mercado. É o que se teme que esteja ocorrendo na China. Segundo analistas, o resultado é explicado justamente pela redução das compras por parte da população chinesa. A queda generalizada de preços pode significar que o poder de compra da população está diminuindo e que os comerciantes e prestadores de serviços estão cortando seus ganhos para tentar aquecer a demanda. Os dados da China preocupam o mercado porque indicam que o gigante asiático pode ter dificuldades para conseguir cumprir suas metas de crescimento econômico neste e nos próximos anos, o que certamente teria repercussão em escala global. Veja algumas das principais medidas que devem ser anunciadas Ampliação da variedade de produtos financeiros para investidores individuais. Implementação de medidas para aumentar a renda dos agricultores. Aumento da assistência financeira para alguns estudantes. Aumento da pensão básica para aposentados. Garantia de distribuição integral dos benefícios de desemprego. Ampliação dos serviços e do horário de funcionamento de atrações turísticas. Incentivo à abertura de lojas duty-free. Aumento do suporte a programas de substituição de produtos antigos por novos. Redução das taxas de juros dos financiamentos habitacionais subsidiados. Diminuição gradativa das restrições ao consumo. Aceleração do desenvolvimento de novas tecnologias e produtos, como veículos autônomos.
Por: Metrópoles

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