O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun, disse nesta 4ª feira (6.ago.2025) que o país está satisfeito com os planos do governo brasileiro de reforçar sua presença diplomática em Pequim. Declarou que a China “está disposta a trabalhar com o Brasil para aprofundar a cooperação em vários campos”.
Segundo informações da Folha de São Paulo, o Brasil enviará até o final do ano 2 adidos com patente de general ou equivalente para a embaixada em Pequim. Pelo Exército, o escolhido foi o general Rovian Alexandre Janjar. O outro nome será um contra-almirante da Marinha.
Os militares se juntarão ao adido da Aeronáutica. Os atuais adidos de Marinha e Exército permanecerão na embaixada na posição de adjuntos. Com isso, serão 5 militares brasileiros na embaixada.
Esse corpo militar de alta patente só existe atualmente na embaixada do Brasil nos Estados Unidos. Ou seja, a equipe diplomática brasileira na China ganhou um grau de importância similar ao de Washington.
A função de um adido militar é trabalhar na cooperação entre os países. A presença de militares de alta patente nessa posição é uma mensagem de que o Brasil estima a relação com a China.
Como mostrou o Poder360, a presença brasileira na capital chinesa aumentará com a instalação de um escritório da Receita Federal.
Terá como objetivo operar como uma auditoria tributária e aduaneira no país asiático. O governo brasileiro também enviará um representante da PF (Polícia Federal) para Pequim.
Esse aumento leva o Itamaraty a buscar uma nova casa para a embaixada brasileira em Pequim. O Brasil ocupa o mesmo prédio há 50 anos e o Poder360 apurou que a avaliação é que o espaço é pequeno e não reflete o crescimento dos laços diplomáticos e comerciais entre os países.
As conversas para a mudança existem há anos, mas o aumento no quadro de funcionários pode acelerar as conversas para essa troca de edifício.