Agressivo e responsável por afetar a qualidade de vida do paciente, o  é um tipo de tumor frequentemente ignorado. Por ter sintomas silenciosos e inespecíficos, a doença muitas vezes é diagnosticada apenas quando o quadro já está avançado, diminuindo as chances de sucesso do tratamento. 
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 De acordo com o oncologista Matheus Andrade, o principal tipo de lesão neoplásica encontrada no fígado tem origem em metástases – tumores que começam em outros órgãos e se espalham para o fígado. Quando o câncer se desenvolve naturalmente nas células hepáticas, a condição é chamada de carcinoma hepatocelular (ou hepatocarcinoma). 
 “O hepatocarcinoma geralmente se desenvolve em um fígado já doente. As principais causas são hepatites virais crônicas (B e C), consumo excessivo de álcool, doença hepática gordurosa não alcoólica (gordura no fígado avançada) ou outros fatores associados à cirrose”, explica o especialista do Hospital Brasília. 
 Se o fígado passar, a inflamação crônica prejudica a saúde das células e seu poder de regeneração, favorecendo o surgimento de mutações e a ocorrência do câncer. Como o tumor costuma ser silencioso nos estágios iniciais, é preciso estar atento aos sinais. “Muitas pessoas associam esses sintomas a problemas digestivos simples e demoram a procurar avaliação médica”, diz Andrade. 
 Sintomas de câncer de fígado que não devem ser ignorados 
 
Icterícia (condição que provoca uma coloração amarelada no branco do olho e na pele);
Xixi mais escuro e/ou cocô mais claro do que o normal;
Coceira na pele;
Perda de apetite e/ou sensação de enjoo;
Perda de peso não intencional;
Sentir-se cansado ou com pouca energia o tempo todo;
Caroço no lado direito da barriga.
 
 Indivíduos com hepatite B ou C, cirrose, uso crônico de álcool ou gordura no fígado avançada são principais grupos de risco para o aparecimento do câncer e devem estar atentos mais atentos. 
 Como tratar e prevenir a condição 
 A prática mais eficaz de detecção é o rastreamento regular em pacientes com maior risco. Geralmente, a recomendação é realizar exames de sangue e ultrassonografia a cada seis meses. 
 Caso a doença seja diagnosticada, tratamentos cirúrgicos, ablação por radiofrequência, embolização, terapias sistêmicas com medicamentos-alvo ou imunoterapia são as opções disponíveis. “O tratamento mais adequado dependerá do estágio em que a doença está, da função do fígado e condições clínicas do paciente”, diz a oncologista Marcela Crosara, do Hospital DF Star. 
 

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1 de 8 Câncer no fígado é uma espécie de tumor maligno e, muitas vezes, bastante agressivo, que se origina nas células que formam o fígado, como hepatócitos, canais biliares ou vasos sanguíneos SEBASTIAN KAULITZKI/SCIENCE PHOTO LIBRARY / Getty Images 
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2 de 8 Entre os fatores que podem aumentar o risco do câncer de fígado estão: cirrose hepática, gordura no fígado ou uso de anabolizantes Peter Dazeley/ Getty Images 
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3 de 8 Os sintomas costumam surgir nos estágios mais avançados da doença, e incluem dor no abdômen, inchaço da barriga, enjoo, perda do apetite e de peso, sem causa aparente, cansaço excessivo e olhos amarelados MediaProduction/ Getty Images 
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4 de 8 Segundo levantamento realizado pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de fígado foi o sexto tipo da doença que mais matou homens no Brasil, em 2020. Entre as mulheres, foi o sétimo boonchai wedmakawand/ Getty Images 
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5 de 8 O câncer de fígado costuma ser identificado através de exames como o ultrassom ou tomografia, capazes de detectar um ou mais nódulos na região bojanstory / Getty Images 
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6 de 8 O tratamento é feito com cirurgia, radioterapia ou quimioterapia, a depender do tamanho e da gravidade de cada caso, e as chances de cura são maiores quando o tumor é identificado precocemente, assim como em qualquer outro tipo de câncer  Witthaya Prasongsin/ Getty Images 
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7 de 8 Segundo o Inca, “quando o tumor está restrito a uma parte do fígado (tumor primário), a remoção cirúrgica é o tratamento mais indicado. Assim como no caso dos tumores hepáticos metastáticos, em que a lesão primária foi ressecada ou é passível de ser ressecada de maneira curativa”  SEBASTIAN KAULITZKI/SCIENCE PHOTO LIBRARY/ Getty Images 
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8 de 8 Quando já não é possível alcançar a cura do câncer no fígado, no entanto, o tempo de sobrevida é de aproximadamente 5 anos, mas esse valor pode variar de acordo com o grau de desenvolvimento da doença e outras doenças do paciente
 Peter Dazeley/ Getty Images
 Em estágios iniciais, a doença tem grandes chances de ser erradicada. Já em casos mais avançados, a prioridade é controlar o tumor e preservar a qualidade de vida do paciente. 
 “Nos últimos anos tivemos grandes avanços no tratamento do hepatocarcinoma. Por isso, é muito importante que o paciente procure logo um especialista para que consiga desfrutar das novas terapias”, destaca Marcela. 
 , não existe mistério: mantenha hábitos saudáveis, tendo uma boa rotina alimentar e praticando exercícios físicos com regularidade. Também é essencial evitar o consumo excessivo de álcool e alimentos ultraprocessados. As medidas diminuem as chances de gordura no fígado e, consequentemente, o câncer hepático. 
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