Cade aprova possível venda da Braskem a fundo de Tanure. Ação sobe

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica () aprovou, por unanimidade e sem restrições, a possível venda da NSP Investimentos – subsidiária da (antiga Odebrecht) que controla a – para um fundo ligado ao empresário Nelson Tanure. A decisão do órgão corrobora um parecer favorável que já havia sido dado pela área técnica do Cade. Em julho, a NSP Investimentos e o fundo de investimento Petroquímica Verde pediram autorização ao Cade para uma negociação envolvendo as ações da Novonor na petroquímica. A NSP é uma holding da Novonor, que possui participação na Braskem. Já a Petroquímica Verde é um fundo de investimento de Tanure. Em maio deste ano, para a compra da fatia de controle que a companhia detém na petroquímica. Atualmente, a Novonor tem 50,1% do capital votante da Braskem. A , por sua vez, tem 47%. Leia também Entenda a negociação Segundo estimativas do mercado, a dívida da Novonor com bancos como Bradesco, Itaú, Santander e Banco do Brasil, além do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (), ultrapassa R$ 15 bilhões. A venda da Braskem integra o plano de recuperação judicial da Novonor. A manutenção de uma fatia na empresa é condição para que a companhia consiga honrar os compromissos financeiros firmados no plano. O possível acordo depende da aprovação da Petrobras. Em maio, a Braskem disse que não participava das negociações sobre a eventual transação de suas ações sob propriedade de terceiros e buscava, “de forma diligente”, esclarecimentos por parte de seus acionistas potencialmente envolvidos em alguma transação acionária. Ações sobem Após a aprovação do Cade à possível venda da NSP para o fundo ligado a Tanure, as ações da Braskem negociadas na Bolsa de Valores do Brasil () registravam alta. No pregão desta quarta-feira (1º/10), os papéis da companhia chegaram a subir mais de 5%, a R$ 6,91. Por volta das 12h25 (pelo horário de Brasília), as ações avançavam 4,72%, cotadas a R$ 6,88.