• Sábado, 13 de dezembro de 2025

Caças militares intensificam crise entre China e Japão

Avião chinês mirou em aeronave japonesa durante treinamento; japoneses disseram que não foram informados do exercício militar

A crise entre China e Japão ganhou outro capítulo nesta semana envolvendo uma ação de caças militares chineses. No sábado (6.dez.2025), o exército realizou um treinamento com aviões de combate em uma área próxima à ilha de Okinawa –território japonês. 

Esse tipo de exercício é comum, mas dessa vez os japoneses disseram não ter sido devidamente comunicados e afirmaram que os caças chineses realizaram a chamada “iluminação de radar”, quando as miras de mísseis são travadas em um alvo antes de um disparo, em aviões do Japão que estavam na região.

A China, por outro lado, veio a público informar que a operação foi comunicada às forças de Defesa japonesas e publicou um áudio que mostra a comunicação entre as partes. Já sobre ter colocado aviões na mira dos caças, disse que a responsabilidade é do Japão.

Segundo o governo chinês, o Japão enviou seus próprios caças para “invadir a área de treinamento da China, realizar reconhecimento aéreo aproximado e assédio”.

Na 4ª feira (10.dez), o ministro da Defesa japonês, Shinjiro Koizumi, disse que o comunicado chinês do exercício militar foi vago e não continha informações o suficiente.

“As Forças de Autodefesa não receberam informações específicas sobre a escala e o espaço aéreo em que as aeronaves do porta-aviões Liaoning realizariam o treinamento”, disse Koizumi.

Eis a linha do tempo do ocorrido:

China e Japão não estão em bons termos desde o início de novembro, quando a primeira-ministra do Japão, Sanae Takaichi (Partido Liberal Democrata, direita), disse que uma intervenção chinesa em Taiwan daria aos japoneses o direito de realizar uma ofensiva contra a China.

O governo chinês considerou a declaração como uma afronta grave a soberania chinesa e exige um pedido de desculpas de Takaichi. A premiê japonesa já cedeu ao reconhecer que Taiwan é parte da China, mas se recusa a voltar atrás em suas palavras.

Por: Poder360

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