• Sábado, 13 de dezembro de 2025

Grupo Prerrogativas põe no palanque "chapa paulista" para 2026

Jantar na zona oeste paulistana, com show de Xande de Pilares e presença de Lula, homenageia Alckmin, Haddad e Tebet.

Grupo de advogados que apoia o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o Prerrogativas uniu na noite desta 6ª (12.dez.2025), no mesmo palco, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB).

Os 3 não foram anunciados como pré-candidatos pelo anfitrião Marco Aurélio de Carvalho, mas em boa parte das rodas de conversa na Casa Natura Musical, em Pinheiros, o assunto era este: ali estava a chapa ideal para disputar o governo paulista e as duas vagas ao Senado do Estado que estarão em disputa em 2026.

A festa na casa de shows da zona oeste de São Paulo foi prestigiada por Lula, que chegou ao lado da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, às 21h05 e só deixou o local mais de duas horas depois, às 23h10. O presidente não falou. Ficou em uma área reservada do mezanino da Casa Natura Musical. Foi aplaudido por um minuto pelos presentes.

O presidente ouviu com sorriso os breves discursos dos homenageados, especialmente quando Tebet falou que estará em seu palanque em 2026, na tentativa de reeleição. Haddad também falou rapidamente no palco. À imprensa não quis responder sobre as eleições de 2026. O ministro da Fazenda já declarou que vai deixar o cargo para ajudar Lula, mas não fala abertamente em candidatura, seja para o governo de São Paulo, seja para o Senado.

“Espero que sim, disse Lindbergh Farias (RJ), líder do PT na Câmara, ao ser questionado pelo Poder360 se Alckmin, Haddad e Tebet deveriam ser candidatos em São Paulo em 2026. Mas o deputado completou: “Tem que convencer o Haddad”.

Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do Prerrogativas, disse que o grupo sempre “lançou boas ideias eleitorais”. Lembrou do jantar de 2021, que uniu Lula e Alckmin, quando os 2 ainda ensaiavam a aliança que iria sair vitoriosa da eleição presidencial do ano seguinte. “Alckmin, Haddad e Tebet é uma chapa paulista, mas é também uma chapa nacional. São 3 nomes muito competitivos em São Paulo e no Brasil”, disse o advogado a este jornal digital.

A definição das candidaturas em São Paulo depende de um fator: o destino eleitoral do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). A composição pode ser uma se Tarcísio disputar a reeleição no Estado. Ou pode ser outra se o governador decidir concorrer ao Palácio do Planalto.

A festa na casa de show da zona oeste paulistana serviu salgadinhos populares, como pastel e coxinha, e canapés de entrada. No menu principal, predominou a massa, mas os garçons também ofereceram hambúrgueres aos presentes. Espumante, vinho e cerveja enchiam as taças. Não havia muitas mesas para os cerca de 500 presentes. A maioria ficou em pé.

O evento começou com a leitura de um manifesto contra o feminicídio, em protesto aos recentes casos de violência que ganharam repercussão nacional. O Prerrogativas também exibiu um vídeo sobre o tema.

A dupla Edu Krieger e Natalia Voss, que faz paródias políticas usando clássicos da MPB, abriu a programação musical. Depois das homenagens –em que Alckmin ganhou uma meia colorida, vestimenta que costuma usar em eventos públicos– e dos discursos dos homenageados, foi a vez do cantor Xande de Pilares subir no palco.

Entre as autoridades, também estavam presentes a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, o presidente da Embratur (Empresa Brasileira de Promoção do Turismo), Marcelo Freixo, os deputados federais Rui Falcão (PT-SP) e Orlando Silva (PCdoB-SP), o deputado estadual paulista Emídio de Souza (PT), entre outros.

O humorista e ator Paulo Vieira também compareceu, assim como o economista Felipe Salto e o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay.

O Prerrô, como é conhecido entre seus integrantes, tinha até agosto de 2024 ao menos 28 integrantes em cargos públicos no governo Lula. Com filiados ao PT e ao Psol, o grupo de advogados é definido como “mais lulista que petista” e tem o apoio ao presidente como o único consenso.

Por: Poder360

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