Os ministros da Saúde dos países do Brics apresentaram nesta 3ª feira (17.jun.2025), em Brasília, a Parceria Brics para a Eliminação de Doenças Socialmente Determinadas (DSDs). A iniciativa busca enfrentar desigualdades estruturais que afetam a saúde das populações, especialmente nos países do Sul Global. Leia a íntegra da declaração final da reunião (PDF – 507 kB).
As DSDs são doenças influenciadas por fatores sociais, econômicos e ambientais, como moradia inadequada, insegurança alimentar e falta de acesso a serviços públicos. Segundo os ministros, essas condições estão entre os principais desafios enfrentados pelo bloco. Tuberculose, doenças cardiovasculares e diarreia infantil são exemplos.
Durante a 15ª Reunião de Ministros da Saúde do Brics, realizada nesta 3ª feira (17.jun) no Palácio Itamaraty, os representantes dos países do bloco se comprometeram a apresentar a iniciativa na Cúpula de Líderes do Brics, em julho. Também recomendaram que os chefes de Estado aprovem formalmente o projeto durante o encontro.
“Essa é uma parceria que será lançada na reunião dos chefes de Estado. Os ministros da Saúde encaminharam essa proposta para que os chefes de Estado a adotem durante a cúpula. Ela representa um esforço dos Brics para que o mundo assuma metas e estratégias voltadas à eliminação das doenças socialmente determinadas, em especial as doenças negligenciadas”, afirmou o ministro da Saúde do Brasil, Alexandre Padilha, em fala a jornalistas.
A parceria está alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e às diretrizes da OMS (Organização Mundial da Saúde). A proposta também retoma compromissos assumidos na Declaração Política do Rio sobre Determinantes Sociais da Saúde, de 2011.
A iniciativa atuará em 5 frentes: fortalecimento dos sistemas de saúde, políticas intersetoriais, inovação e acesso a tecnologias, financiamento sustentável e “advocacy” global. O objetivo é reduzir a incidência das DSDs e mudar as condições que favorecem sua persistência. A implementação será adaptada às necessidades e capacidades de cada país.
Participam da reunião desta 3ª feira (17.jun) representantes de 13 países: