O Brasil tinha 433 mil pessoas com patrimônio superior a US$ 1 milhão em 2024 e liderou o ranking de milionários em dólar na América Latina. Além disso, o país está no topo da lista de desigualdade dentre as principais economias.
Os dados são de um relatório do UBS (Banco da União da Suíça, na sigla em português). A empresa considerou 56 países para fazer o levantamento. A íntegra pode ser acessada neste site, em inglês.
Ao considerar o número total de milionários, os Estados Unidos comandam o ranking. São 23,8 milhões de pessoas com esse patrimônio em 2025, representando 40% do total no mundo.
Ao considerar todos os países analisados, o Brasil está na 19ª posição. Leia o detalhamento abaixo (clique aqui para abrir em outra aba):
O índice de desigualdade considera o índice de Gini. O coeficiente varia de 0 a 1. Quanto mais próximo do número máximo, maiores são as disparidades das riquezas.
O Brasil marca uma pontuação de 0,82. Está empatado com a Rússia, como mostra a tabela abaixo:
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, citou os dados do relatório nesta 5ª feira (19.jun.2025) ao defender a reforma de renda no Brasil.
“No momento em que o debate nacional é sobre cobrar impostos dos muito ricos que pagam pouco e de aplicações e empresas que têm privilégios, é chocante o relatório do banco UBS sobre distribuição de renda em 56 países”, escreveu em seu perfil no X.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quer isentar do Imposto de Renda quem recebe até R$ 5.000 por mês. Para isso, cobrará um imposto adicional de algumas riquezas para quem recebe a partir de R$ 600 mil ao ano.
Esse é um dos projetos prioritários da equipe econômica em 2025. Ainda precisam de aprovação do Congresso Nacional para começar a valer.
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