Brasil supera EUA como maior produtor de carne bovina do mundo, diz USDA
Relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos confirma virada histórica na pecuária global e coloca o Brasil no topo como maior produtor de carne bovina do mundo, além da liderança consolidada nas exportações
Relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos confirma virada histórica na pecuária global e coloca o Brasil no topo como maior produtor de carne bovina do mundo, além da liderança consolidada nas exportações Pela primeira vez na história recente da pecuária mundial, o Brasil ultrapassou os Estados Unidos e assumiu a liderança como maior produtor de carne bovina do mundo. A constatação vem do próprio Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), referência internacional em estatísticas agropecuárias, e marca uma virada simbólica e estrutural no mercado global da proteína animal . O dado chama atenção porque, além de já ser o maior exportador mundial de carne bovina há mais de duas décadas, o Brasil passa agora a ocupar também o topo da produção, consolidando sua posição como principal potência global do setor.
Produção brasileira cresce e surpreende o mercado, colocando país como maior produtor de carne bovina do mundo De acordo com as estimativas do USDA, o Brasil deverá encerrar 2025 com uma produção de 12,35 milhões de toneladas de carne bovina, considerando o peso da carcaça. O volume representa um crescimento de cerca de 4% em relação a 2024 e supera o desempenho dos Estados Unidos, cuja produção foi estimada em 11,81 milhões de toneladas no mesmo período . window._taboola = window._taboola || [];
_taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});O resultado contrariou projeções feitas no início do ano, quando parte do mercado apostava em uma retração da produção brasileira, sobretudo devido ao aumento do abate de fêmeas. Esse cenário, no entanto, não se confirmou. Peso do boi e tecnologia explicam avanço Um dos principais fatores por trás da virada brasileira está no ganho de produtividade por animal, especialmente no peso médio das carcaças. Em setembro de 2025, o peso médio dos machos abatidos no Brasil atingiu 303 quilos, um recorde histórico, o que permitiu ao país superar, em alguns meses, a marca de 1 milhão de toneladas produzidas mensalmente . Segundo o consultor Maurício Nogueira, da Athenagro, esse avanço é reflexo direto do maior uso de tecnologia no campo, com destaque para melhorias na alimentação, manejo e eficiência produtiva. Os cálculos consideram abates com inspeção municipal, estadual e federal, reforçando a robustez dos números apresentados.
Foto: DivulgaçãoEstados Unidos enfrentam crise estrutural no rebanho Enquanto o Brasil avança, a pecuária norte-americana vive um momento de retração. O USDA aponta que o rebanho bovino dos Estados Unidos está no menor nível desde a década de 1970, pressionado por fatores como secas prolongadas, aumento dos custos de produção e redução das áreas de pastagem . Esse cenário levou a uma queda de cerca de 4% na produção americana em 2025, abrindo espaço para que o Brasil assumisse a liderança global.
Olhar para 2026: disputa segue aberta Para 2026, o próprio USDA projeta uma leve queda na produção tanto do Brasil quanto dos Estados Unidos, com volumes próximos de 11,7 milhões de toneladas para ambos os países, indicando um possível empate técnico . Ainda assim, especialistas avaliam que o Brasil possui margem para sustentar ou até ampliar sua produção, especialmente se continuar avançando no rendimento de carcaça e na eficiência produtiva. A melhora dos preços ao produtor ao longo dos últimos 18 meses também funciona como estímulo adicional para o setor . Brasil em posição estratégica no mercado global O novo patamar alcançado pelo país ocorre em um momento sensível do mercado internacional. O USDA estima que, após cinco anos consecutivos de crescimento, as exportações globais de carne bovina devem recuar em 2026, ao mesmo tempo em que a produção mundial tende a diminuir . Nesse contexto, o Brasil surge como um dos países mais competitivos do mundo, combinando escala, custo de produção mais baixo, eficiência na cria de bezerros e um diferencial sanitário relevante — livre de doenças como gripe aviária, peste suína africana e língua azul .
A liderança na produção, somada ao protagonismo nas exportações, reforça o papel estratégico da pecuária brasileira no abastecimento global de alimentos e coloca o país no centro das decisões e disputas do mercado internacional de carne bovina.
Por: Redação
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