O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi neste sábado (16.ago.2025) ao hospital DF Star, em Brasília, para uma bateria de exames autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). O boletim médico informa que exames de imagem identificaram resquícios de duas infecções pulmonares recentes, ligadas à broncoaspiração —a aspiração de conteúdo do estômago ou da boca para os pulmões. Leia a íntegra do boletim (PDF – 125 kB).
Segundo a equipe médica, a bateria de exames tinha como propósito investigar quadro recente de febre, tosse, refluxo gastroesofágico e soluços. Bolsonaro tem quadro estável e seguirá tratamento medicamentoso. Os médicos descartam a necessidade de nova cirurgia.
Uma endoscopia mostrou persistência de esofagite e gastrite, agora menos intensas, mas que exigem acompanhamento contínuo. É indicado que o ex-presidente mantenha terapias para hipertensão arterial e refluxo. Também deve seguir orientações nutricionais e fazer exercícios físicos.
Segundo Cláudio Birolini, médico chefe da equipe cirúrgica, a prisão domiciliar tem limitado a atividade física do ex-chefe de Estado, o que impacta negativamente em seu estado de saúde.
“Ele é uma pessoa muito ativa, gosta de se comunicar, gosta de estar perto de gente. E ele está privado de tudo isso. Então, obviamente, isso influencia negativamente”, declarou Birolini.
Bolsonaro chegou ao hospital na manhã de sábado (16.ago), onde apoiadores oravam e cantavam à sua espera. O ex-presidente disse a eles: “Não posso falar”. Foi a 1ª vez que deixou sua casa, no Condomínio Solar de Brasília, desde que Moraes decretou sua prisão domiciliar em 4 de agosto de 2025 por descumprimento de medidas cautelares.
Desde 17 de agosto de 2025, o ex-presidente usa tornozeleira eletrônica. Questionado pelo Poder360 se o dispositivo foi retirado para realização da tomografia, Birolini negou: “Não pode tirar a tornozeleira em nenhuma hipótese”.
A Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal acompanhou a ida de Bolsonaro ao hospital para certificar que não houvesse descumprimento das medidas cautelares.
Bolsonaro recebeu alta às 13h58. Tem 48 horas para anexar à Justiça o atestado de comparecimento, conforme determinação de Alexandre de Moraes.