• Domingo, 3 de agosto de 2025

Boi gordo hoje: virada do mês marca uma “nova era” com recuperação dos preços

Com resistências dos pecuaristas, exportações fortes e expectativa de consumo no Dia dos Pais, mercado projeta retomada gradual das cotações do boi gordo

Com resistências dos pecuaristas, exportações fortes e expectativa de consumo no Dia dos Pais, mercado projeta retomada gradual das cotações do boi gordo O mercado físico do boi gordo inicia a semana e encerra o mês de julho em um momento de transição que pode marcar o início de uma recuperação dos preços da arroba. Após semanas de quedas sucessivas, influenciadas por fatores externos e internos, analistas acreditam que o cenário começa a mudar, impulsionado por uma postura mais firme dos pecuaristas, exportações aquecidas e pelo aumento do consumo interno esperado para o Dia dos Pais. Segundo Fernando Henrique Iglesias, da consultoria Safras & Mercado, há espaço para alguma reação positiva dos preços no decorrer de agosto, ainda que de forma gradual. “O Dia dos Pais será um elemento importante para justificar a retomada do consumo doméstico”, afirmou.
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    Pressão e recuperação no mercado do boi gordo paulista Em São Paulo, referência nacional para as negociações, o início da semana registrou queda de R$ 3/@, levando a cotação para R$ 292/@ no prazo (valor bruto), de acordo com a Scot Consultoria. A novilha gorda também recuou, passando para R$ 278/@, enquanto a vaca gorda manteve-se em R$ 270/@ e o boi-China em R$ 298/@. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});A pressão sobre as cotações ao longo de julho foi resultado de diversos fatores:
  • Tarifação dos EUA: A imposição de uma nova tarifa de 50% sobre a carne bovina brasileira aumentou a apreensão no mercado exportador.
  • Oferta elevada de animais: O grande volume de bois terminados em confinamento e contratos de parceria pressionou a arroba.
  • Abate elevado de fêmeas: Especialmente no Norte, reforçando a oferta de carne.
  • Concorrência com outras proteínas: Carne de frango e suína, mais baratas, ganharam espaço no consumo doméstico.
  • Mesmo diante desse cenário, desde a semana passada os pecuaristas passaram a resistir às ofertas mais baixas dos frigoríficos, desacelerando a tendência de queda e garantindo relativa estabilidade nos preços. Panorama nacional das cotações Os dados mais recentes indicam estabilidade em grande parte do país:
  • São Paulo: R$ 294,78/@ (mercado físico)
  • Goiás: R$ 276,43/@
  • Minas Gerais: R$ 285,29/@
  • Mato Grosso do Sul: R$ 294,66/@
  • Mato Grosso: R$ 290,14/@
  • No mercado atacadista, houve leve queda nos cortes bovinos:
  • Quarto traseiro: R$ 21,40/kg (-R$ 0,10)
  • Quarto dianteiro: R$ 17,50/kg (estável)
  • Ponta de agulha: R$ 17,00/kg (estável)
  • Exportações como pilar de sustentação Mesmo com a pressão no mercado interno, as exportações de carne bovina in natura seguem fortes e crescentes, reforçando a posição do Brasil como um dos principais fornecedores mundiais. Esse movimento tem ajudado a equilibrar o mercado, compensando parcialmente a demanda interna enfraquecida no fim do mês. Segundo a Agrifatto, os fundamentos de médio e longo prazo continuam sólidos. A expectativa é que a oferta de boiadas gordas diminua nos próximos meses, especialmente de fêmeas, abrindo espaço para valorização mais consistente no último trimestre de 2025. O que esperar para agosto O mês que começa traz expectativas moderadas, mas otimistas:
  • Consumo interno em alta por conta do Dia dos Pais;
  • Exportações aquecidas sustentando preços;
  • Postura firme dos pecuaristas nas negociações;
  • Menor oferta futura de animais no mercado.
  • Embora ainda seja cedo para falar em alta expressiva, a virada do mês pode, sim, marcar o início de uma “nova era” para o boi gordo, com recuperação gradual e sustentada das cotações.
    Por: Redação

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