• Sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Boeing deve lucrar com acordos comerciais sob Trump, diz BofA

Banco projeta que administração Trump deve impulsionar novos pedidos e classifica empresa como "ferramenta preferencial".

O BofA (Bank of America) elevou o preço-alvo das ações da Boeing de US$ 260 para US$ 270 e manteve a recomendação de compra para os papéis da fabricante de aeronaves. A instituição afirmou nesta 5ª feira (31.jul.2025) que a empresa está bem posicionada para se beneficiar da intensificação da atividade comercial global durante o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano).

De acordo com o BofA, a Boeing tem se consolidado como instrumento estratégico na diplomacia comercial norte-americana e tem “mais pedidos por vir à medida que a administração Trump continua trabalhando em acordos globalmente”. O banco destacou ainda que “desde os primeiros acordos comerciais no Reino Unido e Oriente Médio, a tendência se acelerou”.

A análise também avaliou positivamente os resultados financeiros da Boeing no 2º trimestre de 2025, considerados “um dos trimestres mais limpos dos últimos anos”, com desempenho acima do esperado em lucro e fluxo de caixa livre.

Apesar disso, as ações da companhia caíram 4% no dia da divulgação do balanço. Para o banco, o recuo reflete expectativas mais contidas sobre a produção do modelo 737. “Apesar do ruído, apreciamos a disciplina e vemos mais potencial de alta pela frente”, afirmaram os analistas.

A divisão de aviões comerciais (BCA) apresentou avanço contínuo. A produção do 737 atingiu 38 unidades por mês, enquanto a do 787 chegou a 7 mensais. A Boeing também conseguiu reduzir estoques com a entrega de 15 unidades do 737 e 5 do 787 que estavam armazenadas.

O BofA projeta que o limite de produção do 737, imposto pela FAA (Administração Federal de Aviação dos EUA), poderá ser suspenso no 4º trimestre deste ano. “Embora o mercado pareça ter antecipado um cronograma acelerado, ainda acreditamos que o cenário mais provável para a suspensão será no 4º trimestre”, disse a instituição.

Na área de defesa, o banco identificou progresso, com margens positivas e ausência de ajustes negativos nos contratos (EAC, na sigla em inglês). No entanto, alertou para o risco de uma possível greve de 2.500 trabalhadores sindicalizados da Boeing Defense a partir de 1º de agosto.

Com informações da Investing.com Brasil.

Por: Poder360

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