• Segunda-feira, 18 de agosto de 2025

Boca de urna: candidatos da direita vão ao segundo turno na Bolívia

Liderança de candidato da direita já era esperada, mas nome que avança para etapa complementar da eleição não era favorito

As eleições bolivianas deste domingo (17/8) vieram com uma surpresa. O senador Rodrigo Paz Pereira, filiado ao Partido Democrata Cristão (PDC), aparece na liderança da contagem parcial de votos, com  31,6%. Em segundo lugar está o ex-presidente Jorge “Tuto” Quiroga Ramírez, do Partido Liberdade e Democracia, com 27,1% dos votos. Os dois vão disputar o segundo turno. (As informações são do El Deber) Em terceiro lugar ficou o empresário Samuel Doria Medina, da Aliança Unidade, com 19,5%. Com 8,2% dos votos, Andrónico Rodríguez, do partido Aliança Popular, aparece na quarta posição. Na sequência, vêm: Manfred Reyes Villa com 7,1%, Eduardo Des Castillo com 3,2%, Jhonny Fernández com 1,5%, e Pavel Aracena (1,4%). Eleições na Bolívia A esquerda governa a Bolívia, liderada pelo partido Movimento ao Socialismo (MAS), por quase duas décadas seguidas. Tal hegemonia só foi quebrada entre 2019 e 2020, quando Jeanine Ãnez liderou a Bolívia após se autoproclamar presidente. A últimas pesquisas já indicavam nomes de direita à frente de candidatos do MAS. O resultado do primeiro-turno já representa uma derrota para a esquerda no país. Esta é a primeira vez na história democrática recente do país que o Movimento ao Socialismo (MAS) não vai disputar o segundo-turno, marcado para 19 de outubro deste ano. Analistas locais consideram que Paz conseguiu se beneficiar de uma rejeição à polarização. O candidato teve uma campanha com gastos mais modestos em redes sociais. Os demais concorrentes tiveram estratégia diferente e investiram pesado na corrida eleitoral. O resultado parcial faz parte de uma contagem realizada pela Captura Consulting SRL, com financiamento da Red Nacional, Caderna A e do periódico El Deber. MAS enfraquecido O cenário antes da votação já mostrava o MAS enfraquecido. A legenda convive com o desgaste de quase 20 anos no poder e ainda ser o partido do atual presidente da Bolívia, Luis Arce. Leia também O partido sofreu um racha após 2021, quando Arce começou a ter rusgas com o ex-líder boliviano Evo Morales. Eles divergiam sobre os rumos da legenda e também sobre o possível candidato do partido neste pleito.
Por: Metrópoles

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