• Quinta-feira, 13 de março de 2025

Bancos e fintechs elogiam lançamento do novo consignado privado

Lançado nesta quarta-feira (12/3), o crédito consignado de empregados regidos pela CLT entrará em operação a partir de 21/3

Tanto os bancos tradicionais, que já operam o , quanto as fintechs, que são entrantes nesse mercado, elogiaram , feito nesta quarta-feira (12/3) pelo governo federal. O programa amplia a oferta do empréstimo consignado a empregados do regime CLT. Essa modalidade de crédito, existente desde 2003, hoje é mais restrita a e aposentados e pensionistas, que possuem maior garantia para a tomada de crédito. A contratação de consignado por trabalhadores da iniciativa privada depende de convênios entre as empresas e as instituições financeiras, o que o torna limitador. Além disso, trabalhadores rurais e domésticos e assalariados de  encontram dificuldades em firmar contratos. Como vai funcionar A partir de 21 de março, pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS Digital), o trabalhador poderá solicitar propostas de crédito diretamente às instituições financeiras credenciadas pelo governo federal. Para isso, vai precisar autorizar o acesso a dados pessoais (como nome, CPF, margem salarial disponível para consignação e tempo de empresa). Depois, o trabalhador vai receber ofertas em até 24h, podendo analisar as condições e escolher a melhor opção, finalizando a contratação diretamente no canal do banco. As parcelas serão descontadas na folha de pagamento, por meio do eSocial, limitando-se à margem de 35% do salário. De acordo com o governo, essa mudança vai permitir que as taxas de juros sejam inferiores às praticadas atualmente nos consignados por convênio. A partir de 25 de abril, o trabalhador também poderá fazer contratações pelos canais eletrônicos dos próprios bancos. , o que pode representar mais de R$ 120 bilhões em empréstimos contratados. A , que reúne mais de 100 instituições de médio e pequeno portes, considerou que o modelo de crédito consignado para os trabalhadores do setor privado foi aprimorado. Segundo a entidade, o novo modelo está alinhado às discussões realizadas com o sistema financeiro e deverá beneficiar trabalhadores em termos de custo dos e melhoria no perfil de endividamento. “A centralização e simplificação dos processos facilitarão a expansão da oferta de crédito, aumentando a competitividade e reduzindo as taxas de juros”, prosseguiu a entidade. A ABBC acredita que a medida será um avanço significativo no mercado, ajudando a diminuir o spread (a diferença entre os juros que o banco cobra ao emprestar e a taxa que ele mesmo paga ao captar dinheiro) e a inadimplência. “Com o acesso às informações do eSocial, os bancos poderão avaliar melhor o risco das operações e ampliar o acesso ao crédito para os consumidores”. Por sua vez, a , entidade que reúne fintechs como Nubank, Mercado Pago e PicPay, considerou o programa “muito positivo” para ampliar o acesso ao crédito, aumentar a competitividade e reduzir os juros. “Reforçamos o nosso compromisso com o sucesso do novo programa, e seguiremos contribuindo ativamente para a evolução do modelo e construção de soluções e ferramentas que garantam a plena competição, o amplo acesso, a escalabilidade operacional, a sustentabilidade econômica e a eficiência do novo produto”, completou a representante de instituições financeiras e de pagamentos tecnológicas.
Por: Metrópoles

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