• Domingo, 30 de junho de 2024

Avança projeto de cooperação entre Brasil e EUA em fertilizantes com aporte de mais de US$ 1 milhão 

Pesquisa conjunta visa garantir segurança alimentar, reduzir impactos climáticos e fortalecer o uso eficiente e as alternativas aos fertilizantes químicos

Pesquisa conjunta visa garantir segurança alimentar, reduzir impactos climáticos e fortalecer o uso eficiente e as alternativas aos fertilizantes químicos Pesquisadores do Serviço de Pesquisa Agrícola (USDA-ARS) e do Serviço Agrícola Estrangeiro (USDA-FAS) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos e da Universidade da Flórida (UF-IFAS) realizaram entre 17 e 21 de junho reuniões e visitas técnicas na Embrapa Solos, Embrapa Agricultura Digital, Embrapa Cerrados e Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. Os encontros integraram a iniciativa Fertilize 4 Life (F4L), articulada pelo Labex América do Norte e lançada em 2023, durante as comemorações dos 50 anos da Embrapa, em resposta às crises globais de fertilizante, clima e segurança alimentar.
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    Em 2024, na fase inicial dos projetos, serão destinados US$ 1,2 milhão (cerca de R$ 6,5 milhões), provenientes do USDA e do Departamento de Estado dos Estados Unidos (DOS), sendo US$ 612 mil para a Embrapa e o restante para os demais parceiros. Para 2025, está previsto o aporte de mais US$ 600 mil a serem captados de forma conjunta entre os governos dos dois países e empresas privadas da área de fertilizantes. No último dia da missão (21), a comitiva americana participou de uma reunião na Diretoria-Executiva com a presença do diretor de Pesquisa e Inovação (DEPI), Clenio Pillon, do chefe da Assessoria de Relações Internacionais (Arin), Marcelo Morandi, e do coordenador do Labex América do Norte, Alexandre Varella, quando foi aprofundada a discussão sobre a iniciativa Fertilize 4 Life e assinados acordos de cooperação científica, que permitem a remessa e a execução das ações previstas em cada um dos projetos. “Os americanos ficaram impressionados com o nível elevado dos trabalhos desenvolvidos na Embrapa, elogiaram o andamento do F4L no Brasil e gostariam de discutir a possibilidade de trabalhar com a Embrapa em projetos para países da África para o combate da insegurança alimentar e o aumento da resiliência climática”, destaca o diretor. Em setembro, uma missão brasileira vai aos EUA, com a participação da presidente Silvia Massruhá, Pillon e Morandi, sob coordenação do Labex América do Norte. “Pretendemos discutir a expansão da colaboração com o USDA e demais parceiros americanos em outros projetos para o Brasil e outros países – para além da iniciativa F4L -, com foco em descarbonização da agricultura, digitalização e inteligência artificial, segurança alimentar e saúde única, por exemplo”, afirma Alexandre Varella. Uso eficiente e alternativas aos fertilizantes químicos A iniciativa Fertilize 4 Life integra o projeto Fertilize Right, no âmbito do Desafio Global de Fertilizantes do Departamento de Estado dos Estados Unidos. “O objetivo é fortalecer a segurança alimentar e reduzir as emissões de gases de efeito estufa na agricultura através do uso eficiente e alternativas de fertilizantes, em conjunto com quatro países: Brasil, Colômbia, Paquistão e Vietnã”, explica Caroline Brainer, gerente de projetos do DOS. No Brasil, a iniciativa recebe o nome de Fertilize 4 Life, sendo um dos maiores projetos articulados no âmbito do Labex América do Norte, com previsão de aporte de US$ 5 milhões em cinco anos. “É um projeto ambicioso, que integra e aprofunda a colaboração em pesquisa entre Embrapa e USDA estabelecida ao longo dos anos, com potencial de compartilhamento das informações técnicas, protocolos e tecnologias alternativas para melhorar a saúde e a fertilidade do solo com outros países do mundo”, aponta Brainer, uma das líderes da comitiva norte-americana. Estados Unidos e Brasil são líderes globais na produção agrícola e de alimentos e, em conjunto, alimentam um quarto da população mundial. O Brasil é o quarto maior consumidor de fertilizantes, depois da China, Índia e EUA. Aproximadamente 80% dos fertilizantes consumidos pelo agro brasileiro são importados. “Os dois países são grandes importadores de fertilizantes, dos quais os seus sistemas de produção agrícola intensiva são altamente dependentes e vulneráveis a crises globais, portanto, é fundamental desenvolver e aplicar no campo tecnologias para reduzir a utilização de fertilizantes e utilizar os nutrientes do solo de forma mais eficiente”, destaca Varella. A iniciativa Fertilize 4 Life engloba quatro projetos de pesquisa a serem desenvolvidos entre 2023 e 2027, envolvendo 63 gestores e pesquisadores de instituições brasileiras e americanas. As propostas de investigação centram-se nos seguintes temas:
  • Gestão de precisão, big data e inteligência artificial;
  • Produtos biológicos, microbiologia do solo e saúde do solo;
  • Novos produtos fertilizantes de solo, incluindo fertilizantes organominerais; e
  • Uso de plantas de cobertura do solo e sistemas integrados para uso mais eficiente de nutrientes.
  • Instituições participantes da iniciativa Fertilize 4 LifeDos Estados Unidos: Serviço de Pesquisa Agrícola (USDA-ARS) e Serviço Agrícola Estrangeiro (USDA-FAS) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, Instituto de Ciências Agrícolas e Alimentares da Universidade da Flórida (UF-IFAS) e Centro Internacional de Desenvolvimento de Fertilizantes (IFDC). Do Brasil: Embrapa Solos; Embrapa Agrobiologia; Embrapa Cerrados; Embrapa Agricultura Digital; Embrapa Instrumentação; Embrapa Arroz e Feijão; Embrapa Agrossilvipastoril; Embrapa Milho e Sorgo e Embrapa Soja. Fonte: Aline Bastos (MTb 31.779/RJ) Superintendência de Comunicação VEJA TAMBÉM:
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  • ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira Quer ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão? Para isso é só entrar em nosso grupo do WhatsApp (clique aqui) ou Telegram (clique aqui). Você também pode assinar nosso feed pelo Google NotíciasNão é permitida a cópia integral do conteúdo acima. A reprodução parcial é autorizada apenas na forma de citação e com link para o conteúdo na íntegra. Plágio é crime de acordo com a Lei 9610/98.

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