• Terça-feira, 2 de julho de 2024

Carne brasileira invade o mercado da China e atropela Argentina

Em maio/24, a participação da carne brasileira no ranking chinês de importação foi de 42,13%, ante a fatia de 23,03% ocupada pela proteína dos hermanos argentinos, apontou os dados da GACC e Agrifatto

Em maio/24, a participação da carne brasileira no ranking chinês de importação foi de 42,13%, ante a fatia de 23,03% ocupada pela proteína dos hermanos argentinos, apontou os dados da GACC e Agrifatto O Brasil é o maior exportador de carne bovina para a China, superando de longe a Argentina, o segundo principal fornecedor mundial da proteína ao país asiático. Segundo dados oficiais divulgados pela GACC e destacado no relatório semanal da consultoria Agrifatto, em maio/24, a participação da carne bovina brasileira (industrializada, in natura e processada) no ranking chinês de importação foi de 42,13%, um aumento de 2,2% sobre o resultado de abril/24, de 39,84%. Entretanto, o setor de exportações de carne bovina para a China continua enfrentando desafios, conforme destacado em recente relatório da Agrifatto. Apesar de uma percepção de leve melhoria no ambiente comercial e um crescente interesse por parte dos compradores chineses, a pressão sobre os preços se mantém intensa. De acordo com um trader regional, os importadores “continuam pressionando” para negociar a redução nos valores de compra, o que tem dificultado a concretização de novos negócios.
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    Recentemente, as ofertas chinesas para a compra de dianteiro variaram entre US$ 4.100/t e US$ 4.500/t, valores consideravelmente inferiores aos desejados pelos exportadores. No entanto, a pressão de oferta atual tem forçado a aceitação desses preços mais baixos. “As últimas ofertas da China para compra de dianteiro foram em US$ 4.100/t a US$4.500/t, um preço bem menor do que os exportadores gostariam, mas que, diante da pressão de oferta atual, está tendo efetividade”, afirmam os analistas da Agrifatto. A carne bovina brasileira é uma das mais  competitivas no mercado internacional, em razão da bons estoques de disponíveis, do câmbio altamente favorável (forte desvalorização do real frente ao dólar) e do baixo preço da matéria-prima (boi gordo). Brasil, o maior exportador de carne bovina Os dados de importação divulgados pelo governo chinês relativos a maio de 2024 indicam uma compra de 238,25 mil toneladas de carne bovina, um aumento de 4,50% em relação a abril de 2024 e de 30,24% comparado ao mesmo mês do ano anterior. Nos primeiros cinco meses do ano, as importações chinesas de carne bovina totalizaram 1,25 milhão de toneladas, representando um crescimento de 23,40% em relação ao mesmo período de 2023. O Brasil permanece como o principal fornecedor de carne bovina para a China, com 100,4 mil toneladas exportadas, o que representa 10,5% do total. A Argentina segue em segundo lugar, com 54,9 mil toneladas (22,3%), e o Uruguai com 20,0 mil toneladas, uma redução de 3,9% em relação ao período anterior. O preço médio pago por tonelada de carne importada pela China foi de US$ 4.740/t, valores que são 2,6% menores que em abril de 2024 e 14,2% abaixo do registrado em maio de 2023. Participação dos países exportadores de carne bovina nas importações chinesas em maio/24 (Fonte: GACC e Agrifatto)
  • Brasil – 42%
  • Argentina – 23%
  • Uruguai – 8,4%
  • Austrália – 7,8 %
  • Nova Zelândia – 6,1%
  • EUA – 5,7%
  • Bolívia – 3,5%
  • Cotações atuais do boi gordo (US$/@) nos países fornecedores (Fonte: Faxcarne; Cepea; Agrifatto)
  • Brasil – 41,5
  • Paraguai – 45,0
  • Chile – 52,2
  • Austrália – 54,0
  • Argentina – 54,2
  • Uruguai – 57,8
  • Nova Zelândia – 60,6
  • Colômbia – 65,9
  • União Europeia – 82,7
  • EUA – 102,8
  • *Referência São Paulo

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