Partidos de esquerda e movimentos sociais realizaram nesta 5ª feira (10.jul.2025) atos em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Brasília. As manifestações cobraram a taxação dos super-ricos, a isenção de Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5.000 e o fim da jornada de trabalho no modelo 6 X 1. Houve também críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu por tentativa de golpe de Estado.
As mobilizações foram organizadas pelas frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, que reúnem movimentos sociais e têm ligação com partidos como PT e Psol.
O principal protesto foi realizado na avenida Paulista, em São Paulo, com concentração às 18h em frente ao Masp (Museu de Arte de São Paulo). No Rio, o ato foi realizado às 17h, em frente à sede da Bolsa de Valores.
Em Brasília, manifestantes se reuniram na Esplanada dos Ministérios durante a tarde. Os deputados distritais Fábio Félix (Psol) e Gabriel Magno (PT) participaram.
Além dessas cidades, também houve atos em capitais como Belo Horizonte, Fortaleza, Salvador, Maceió, São Luís, Cuiabá, Curitiba, Florianópolis e Vitória.
As manifestações fazem parte da campanha “Congresso Inimigo do Povo”, intensificada depois da rejeição, pelo Legislativo, de um aumento no IOF proposto pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), virou um dos principais alvos de vídeos produzidos com inteligência artificial. Nas peças, o congressista é chamado de “Hugo nem se importa”.
Os atos acabaram incorporando slogans como “o Brasil é dos brasileiros” depois da 4ª feira (9.jul), quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (republicano), anunciou tarifas de 50% para os produtos brasileiros.
Foi o maior ato: os movimentos conseguiram reunir 15.100 pessoas, segundo o Monitor do Debate Político no Meio Digital da USP (Universidade de São Paulo).
Entre os articuladores da mobilização estão parlamentares como o deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP), que usou as redes sociais para convocar a população e afirmou: “Vamos reagir com mobilização nas ruas, pressão nas redes e cobrança na justiça”.
Na noite desta 5ª feira (10.jul), ele discursou e afirmou que os verdadeiros patriotas são os que protestam contra o tarifaço e defendem a soberania do país –e não aqueles que se aliam a interesses estrangeiros.
Assista à íntegra (14min.26seg):
