Pesquisa PoderData mostra que o trabalho dos ministros do Supremo Tribunal Federal é avaliado como “ruim” ou “péssimo” por 44% dos entrevistados. A taxa oscilou 3 pontos percentuais para cima em 6 meses. Os que consideram o desempenho da Corte “bom” ou “ótimo” são 14% –taxa 2 pontos percentuais mais baixa que a registrada em junho.
Há ainda 29% dos eleitores que avaliam o STF como “regular” e 13% que não souberam como responder. O estudo foi realizado de 13 a 15 de dezembro.

A percepção dos brasileiros sobre o trabalho dos ministros do Supremo oscila negativamente logo depois de um período no qual a Corte assumiu destaque ao condenar e mandar prender o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), alguns de seus ministros e militares de alta patente das Forças Armadas por tentativa de golpe de Estado.
Além das condenações, o STF entrou em diversos embates com o Congresso, em temas como o impeachment de ministros do Supremo e a redução das penas dos condenados do 8 de Janeiro.
Houve ainda uma discordância quanto à cassação da ex-deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). O plenário da Câmara decidiu manter o mandato, apesar de Zambelli ter sido condenada por participar da invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça. No dia seguinte, Moraes anulou a decisão.
A pesquisa foi realizada pelo PoderData, empresa do grupo Poder360 Jornalismo, com recursos próprios. Os dados foram coletados de 31 de maio a 2 de junho de 2025, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Ao todo, foram realizadas 2.500 entrevistas em 218 municípios distribuídos pelas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. O intervalo de confiança é de 95%.
Para chegar a 2.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, são mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.
O PoderData cruzou as respostas sobre a avaliação do STF com os votos para presidente em 2022. Como mostra o infográfico abaixo, a percepção sobre o trabalho dos ministros varia pouco entre o eleitorado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o do ex-chefe do Executivo Jair Bolsonaro (PL). Os percentuais são próximos dos resultados registrados no estrato geral da pesquisa.

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O Poder360 mantém acervo com milhares de levantamentos com metodologias conhecidas e sobre os quais foi possível verificar a origem das informações. Há estudos realizados desde as eleições municipais de 2000. Trata-se do maior e mais longevo levantamento de pesquisas eleitorais disponível na internet brasileira.
O banco de dados é interativo e permite acompanhar a evolução de cada candidato. Acesse o Agregador de Pesquisas clicando aqui.
As informações de pesquisa começaram a ser compiladas pelo jornalista Fernando Rodrigues, diretor de Redação do Poder360, em seu site, no ano 2000. Para acessar a página antiga com os levantamentos, clique aqui.
A pesquisa PoderData foi realizada de 13 a 15 de dezembro de 2025. Foram entrevistadas 2.500 pessoas com 16 anos de idade ou mais em 133 municípios nas 27 unidades da Federação. Foi aplicada uma ponderação paramétrica para compensar desproporcionalidades nas variáveis de sexo, idade, grau de instrução, região e renda. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
As entrevistas foram realizadas por telefone (para linhas fixas e de celulares), por meio do sistema URA (Unidade de Resposta Audível), em que o entrevistado ouve perguntas gravadas e responde por meio do teclado do aparelho. O intervalo de confiança do estudo é de 95%.
Para facilitar a leitura, os resultados da pesquisa foram arredondados.
Por causa desse processo, é possível que o somatório de algum dos resultados seja diferente de 100. Diferenças entre as frequências totais e os percentuais em tabelas de cruzamento de variáveis podem aparecer por conta de ocorrências de não resposta. Este estudo foi realizado com recursos próprios do PoderData, empresa de pesquisas que faz parte do grupo de mídia Poder360 Jornalismo.






