O diretor-geral da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), Sandoval Feitosa, rebateu nesta 3ª feira (16.set.2025) a declaração do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, de que a agência demora a aprovar renovações de distribuidoras de energia por questões políticas.
Mais cedo, Silveira fez uma cobrança pública por mais rapidez na análise desses processos. O ministro disse que o montante total dos contratos é de R$ 120 bilhões até 2030 e que o país precisa desses recursos. Disse que a “politicagem” tem impedido o recebimento dos investimentos.
Sandoval declarou que não entendeu a crítica do ministro como direcionada à Aneel, “porque não há elemento nenhum que induza esse comportamento dos dirigentes da agência”.
“Eu não aceito, em hipótese alguma, essa afirmação de que a Aneel está morosa e muito menos essa questão de politicagem. Eu não entendi de onde veio isso. Afinal de contas, a Aneel não é um órgão político. Se ela não é um órgão político, ela também não faz política e nem o termo pejorativo de politicagem”, disse a jornalistas.
A declaração de Silveira também foi alvo de comentários do diretor da Aneel Fernando Mosna. No início da reunião de diretoria da agência nesta 3ª (16.set), Mosna retirou de pauta o processo que trata da renovação da concessão da Energisa Sergipe, do qual é relator. Disse que o motivo é priorizar a preocupação do ministro de que as renovações sejam bem fundamentadas.
“Agência independente que se ergue através de critérios técnicos, necessariamente, não faz politicagem”, declarou Mosna. “Diante dessa importante manifestação do ministro Alexandre Silveira, até como uma forma de valorizar essa preocupação do ministro, vou retirar de pauta para fazer uma análise complementar”, disse.