• Sexta-feira, 1 de agosto de 2025

África do Sul prepara proposta de última hora para evitar tarifaço

País tenta impedir sobretaxa de 30% que afetaria exportações de automóveis, produtos manufaturados, frutas e vinhos.

A África do Sul prepara uma proposta comercial revisada para apresentar aos Estados Unidos na tentativa de evitar a imposição de uma tarifa de 30% sobre produtos sul-africanos. A medida foi anunciada nesta 5ª feira (31.jul.2025) pelo ministro do Comércio Parks Tau.

O país africano já havia apresentado propostas anteriores à administração de Donald Trump (Partido Republicano) em maio e junho deste ano, mas não recebeu resposta. O tarifaço contra o país entra em vigor na 6ª feira (1º.ago). As informações são da Reuters.

“Estamos tendo que navegar por uma proposta de última hora que está aprimorada em relação à proposta que havíamos dado inicialmente”, disse Tau durante entrevista à rádio sul-africana 702. “E para dizer a verdade, é esperar para ver.”

A iniciativa é tomada depois de reuniões realizadas na 4ª feira (30.jul) entre representantes sul-africanos e autoridades norte-americanas. Os contatos foram realizados tanto com a embaixada de Washington em Pretória quanto com o representante comercial dos Estados Unidos.

“Eles [disseram] que nos encorajariam a reenviar nossa proposta, possivelmente uma proposta aprimorada, ao governo dos Estados Unidos”, afirmou o ministro do Comércio sul-africano.

Os Estados Unidos são o 2º maior parceiro comercial bilateral da África do Sul, atrás só da China. O mercado norte-americano recebe exportações sul-africanas de automóveis, produtos manufaturados, frutas cítricas e vinhos.

O banco central sul-africano estimou que a implementação da tarifa de 30% colocaria 100.000 empregos em risco. Os setores agrícola e automotivo sofreriam os maiores impactos.

As relações entre África do Sul e Estados Unidos enfrentam dificuldades por diferentes razões.

Entre os pontos de atrito estão as políticas de Empoderamento Econômico Negro implementadas pela África do Sul para reduzir a desigualdade racial, e o processo movido pelo país contra Israel na CIJ (Corte Internacional de Justiça) por genocídio, ao qual Israel e os EUA se opõem.

Por: Poder360

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