Gestores de órgãos estaduais que tratam de políticas de igualdade racial são brancos em 11 UFs (Unidades da Federação), segundo dados da Estadic (Pesquisa de Informações Básicas Estaduais) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados nesta 6ª feira (31.out.2025). Leia a íntegra (PDF – 1,8 MB).
Das 26 UFs que registraram algum tipo de estrutura organizacional voltada para o tema, 9 têm à frente das iniciativas gestores que se identificam como pretos. Há ainda 5 que se identificam como pardos e 1 indígena. Não há dados para Minas Gerais.
Os órgãos de igualdade racial são comandados em sua maioria por mulheres. Há gestoras na área em 20 governos estaduais.
Dos 5.570 municípios do Brasil, 1.331 declararam ter algum tipo de órgão para tratar da política racial, segundo dados da Munic (Pesquisa de Informações Básicas Municipais) de 2024, também divulgada pelo IBGE nesta 6ª feira (31.out). O número representa 24% das cidades brasileiras.
Nos municípios, pessoas que se identificam como brancas ocupam cargos de gestão em quase metade (48%) das cidades que dizem ter estruturas voltadas ao tema. Há gestores pretos em 15,3% e pardos em 35,7%. Indígenas estão à frente das iniciativas em 0,6% das cidades e amarelos em 0,3%.
Do total, só 102 gestores se autodeclararam quilombolas, de um povo de comunidade tradicional de matriz africana ou de um povo de terreiro. Desse total, mais da metade estava na região Nordeste (60).
Em 2024, havia 925 municípios que incluíam o tema da igualdade racial em algum tipo de legislação. O número corresponde a 16,7% das cidades do país.
O levantamento considera municípios que têm artigos ou capítulos sobre o assunto na Lei Orgânica Municipal, no Plano Plurianual, na Lei de Diretrizes Orçamentárias, na Lei Orçamentária Anual ou no Plano Diretor.
A maior proporção era de cidades que abordavam o tema na Lei Orgânica Municipal: 473 municípios (ou 8,5% das unidades municipais do país).
No país, 22,1% das cidades do Norte apresentaram algum tipo de legislação sobre igualdade racial. Em seguida, estão Nordeste (21,3%), Sudeste (14,9%), Sul (12,2%) e Centro-Oeste (11,1%).
