afirmou nessa quinta-feira (30/10) que a retomada dos testes de armas nucleares é essencial para garantir a segurança nacional. A declaração ocorreu após o presidente ordenar ao Pentágono que reinicie o programa de testes, suspenso há mais de três décadas.
“É uma parte importante da segurança nacional americana garantir que o arsenal nuclear que possuímos funcione adequadamente, e isso faz parte de um regime de testes”, disse Vance a jornalistas em frente à Casa Branca.
O vice-presidente não detalhou o formato dos ensaios, mas reforçou que o objetivo é “assegurar a confiabilidade das armas ao longo do tempo”.
O anúncio foi feito por Trump no Truth Social enquanto o presidente viajava para a Coreia do Sul, onde se reuniu com o líder chinês Xi Jinping. Na publicação, ele disse ter ordenado “a retomada imediata dos testes nucleares” para garantir “igualdade estratégica” com Rússia e China.

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1 de 3 Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o vice-presidente, JD Vance Getty Images
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2 de 3 Donald Trump Stephen Maturen/Getty Images
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3 de 3 Andrew Harnik/Getty Images
Sombra dos mísseis Tomahawk
Volodymyr Zelensky solicitou a Donald Trump o envio de mísseis Tomahawk para fortalecer a defesa da Ucrânia contra a Rússia.
Os armamentos são de longo alcance, alta precisão e difíceis de serem detectados por radares.
Segundo o presidente ucraniano, Moscou “tem medo” dessa capacidade. As negociações avançavam, e Zelensky chegou a se reunir pessoalmente com Trump. No entanto, um dia antes do encontro, o presidente russo, Vladimir Putin, entrou em contato por telefone com o norte-americano.
Após a conversa, Trump adotou uma postura mais cautelosa em relação ao envio dos mísseis.
Depois do encontro com Zelensky, o republicano demonstrou incerteza sobre a decisão, embora a imprensa internacional tenha informado que as discussões sobre o fornecimento dos Tomahawk foram retomadas.
Em reação, Putin alertou que a resposta da Rússia a um eventual ataque com o armamento seria “avassaladora”.
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Reação russa
O porta-voz do Kremlin, , advertiu que a Rússia responderá “de forma proporcional” caso os Estados Unidos abandonem a moratória nuclear, lembrando declarações anteriores de Vladimir Putin sobre o tema.
A China, por sua vez, pediu que Washington “cumpra seus compromissos” com o Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares e atue para preservar o equilíbrio global.
Os EUA não realizam testes nucleares desde 1992, quando o Congresso impôs uma moratória. O último teste russo ocorreu em 1990, e o chinês em 1996. A retomada, agora defendida pelo governo Trump, marca uma guinada na política nuclear americana e reacende o debate sobre os limites da dissuasão em tempos de competição estratégica entre as potências.