O número de servidores públicos municipais no Brasil cresceu 3,8% entre 2023 e 2024, alcançando o total de 7,6 milhões de trabalhadores. Os dados foram divulgados nesta 6ª feira (31.out.2025) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) por meio da Munic (Pesquisa de Informações Básicas Municipais). Eis a íntegra (PDF – 24MB).
Do contingente total de servidores municipais em 2024, 95,3% (7,3 milhões) estão alocados na administração direta, enquanto 4,7% (354,2 mil) atuam na administração indireta, que inclui autarquias e empresas públicas.
A pesquisa identificou mudanças significativas na composição dos vínculos empregatícios na administração direta municipal. O percentual de estatutários, servidores regidos pelo RJU (Regime Jurídico Único), diminuiu de 56,2% em 2023 para 54,3% em 2024. Em contrapartida, a proporção de funcionários sem vínculo permanente aumentou de 23,8% para 26,8% no mesmo período. Já trabalhadores com CLT caíram de 7,3% para 6,5%.
Os demais vínculos na administração municipal direta apresentaram variações menores: comissionados reduziram de 9,6% para 9,5% e estagiários tiveram leve aumento de 3,2% para 3,4%.
A Munic também investigou a realização de concursos públicos. Conforme o levantamento, 2.483 municípios brasileiros promoveram processos seletivos nos 24 meses anteriores à coleta dos dados. Deste total, apenas 686 municípios (27,6%) incluíram em seus editais a reserva de vagas para negros, quilombolas, indígenas ou ciganos.
O IBGE divulgou simultaneamente a Estadic (Pesquisa de Informações Básicas Estaduais), que mostra crescimento no número de servidores estaduais, embora em ritmo menor que o municipal. O contingente de funcionários públicos nos estados e no Distrito Federal aumentou 3%, passando de aproximadamente 3 milhões para 3,1 milhões. Eis a íntegra (PDF – 17MB).
A tendência de redução na proporção de estatutários também foi observada na esfera estadual. Na administração direta, o percentual desses servidores caiu de 71,7% para 66,9%, enquanto a quantidade de pessoas sem vínculo permanente cresceu de 23,2% para 27,5%.
A pesquisa ainda destaca que 22 unidades da Federação realizaram concursos públicos para a administração direta no período investigado. Quatro estados informaram não ter promovido processos seletivos: Rondônia, Maranhão, Rio Grande do Norte e Paraíba. O Ceará não forneceu informações ao IBGE.





