• Segunda-feira, 27 de outubro de 2025

Vídeos de “pegadinhas” rendem multa de R$ 50 mil a influenciador

Rafael Chocolate foi sentenciado pelo TJPE a indenizar vítimas por uso indevido de imagem em gravações feitas no Recife. Leia no Poder360

O youtuber pernambucano Rafael Francisco Cavalcanti da Silva, também conhecido como Rafael Chocolate, foi condenado a pagar R$ 50 mil em indenizações por danos morais causados por suas “pegadinhas”. A decisão judicial atende a processos movidos por pessoas que foram alvo das gravações realizadas no centro do Recife.

O 1º processo contra Rafael decorreu de um vídeo em que ele cobria a cabeça de pessoas com um balde, sem aviso prévio. No 2º caso, o influenciador contratou atrizes para se sentarem no colo de homens desconhecidos e gravou as reações deles.

Um dos alvos do vídeo com o balde filmado em 2019 foi um rapaz de 25 anos. Mesmo com o rosto borrado, o rapaz foi reconhecido, segundo sua advogada, Amanda Cavalcante, o que teria provocado crises de ansiedade, síndrome do pânico e insônia. A defesa afirma que o episódio também levou à demissão e à mudança de bairro do jovem por constrangimento social.

Em setembro, o Tribunal de Justiça de Pernambuco, por meio da 7ª Vara Cível da Capital, decidiu pela multa por danos morais no valor de R$ 30 mil. A sentença também previa multas diárias caso o vídeo não fosse retirado do ar. O trecho em que o rapaz aparece foi removido em 2021.

O 2º processo contra Rafael foi feito por Modou Lo em 2022. Modou é um comerciante senegalês e foi filmado enquanto trabalhava no centro da cidade. Segundo sua defesa, a gravação foi publicada sem consentimento e alcançou mais de 7 milhões de visualizações. O vídeo segue disponível no canal do influenciador.

O advogado de Modou afirmou que o conteúdo “fere a dignidade, a honra e o direito de imagem” do cliente. Após a repercussão, o comerciante relatou ter sido alvo de piadas e deixado de abrir seu comércio por dias.

O TJPE, por meio da 4ª Vara Cível da Capital, ordenou o pagamento de indenização de R$20 mil. Somadas, as condenações ultrapassam R$50 mil.

Por: Poder360

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